O que é a doença de Alzheimer?

Entenda mais sobre sintomas, cuidados, tratamentos e prevenção.

Publicado por Juliana Brito

14 de setembro de 2023

O Alzheimer é uma doença neurodegenerativa que atinge o cérebro, caracterizada pela perda de memória, e afeta funções cognitivas. Segundo o Ministério da Saúde, estima-se que só no Brasil há 1,2 milhão de casos, sendo que a maior parte deles ainda não foi diagnosticada.

A doença de Alzheimer é o tipo de demência mais comum entre a população e pode causar grandes danos não só a pessoa afetada, mas também para toda a sua família, devido ao comportamento do transtorno.

Para entender melhor como ela se manifesta, suas principais características, tratamentos e prevenção, separamos neste artigo as principais informações sobre o assunto. Você vai ver:

 

O que é Alzheimer? 

O Alzheimer é classificado como transtorno neurodegenerativo progressivo, a doença atinge diretamente o sistema nervoso, comprometendo a memória e as funções cognitivas do indivíduo de forma crônica e progressiva.

Isso acontece porque começam a ocorrer erros no processamento de certas proteínas do Sistema Nervoso Central (SNC), fazendo com que elas sejam tóxicas ou não exerçam corretamente a sua função nos neurônios, causando a morte deles.

Essa perda de neurônios começa a prejudicar a capacidade cognitiva e motora, piorando com o tempo.

A doença ainda não tem cura, mas hoje já existem diversos meios para que a qualidade de vida da pessoa seja a melhor possível, retardando consideravelmente o avanço da condição.

 

Qual a diferença entre demência e Alzheimer?

 As demências são caracterizadas pelas alterações nos processos cognitivos. Por exemplo, a pessoa começa a entender as coisas de forma deturpada, tendo uma compreensão errônea da realidade.

A doença de Alzheimer é apenas um tipo de demência, por sinal, a mais comum entre as pessoas com idades mais avançadas – 70 e 80 anos, ou até de forma mais precoce, aos 60.

 

Quais são as fases da doença de Alzheimer? 

O Alzheimer pode afetar cada pessoa de forma diferente, com sintomas mais ou menos intensos, progredindo de forma mais rápida ou mais lenta.

Para ajudar nessa classificação, os sintomas foram divididos em 4 fases, que podem variar muito na sua duração, mas já são um guia para que o tratamento correto seja feito.

 

Pré-demência: nessa etapa, não há sintomas de perda de memória, mas já pode haver alguns danos cerebrais. O paciente tende a apresentar características depressivas ou de irritabilidade. Por meio de exames neuropsicológicos, é possível identificar alterações que podem indicar que a doença se desenvolverá com o passar do tempo.

O rastreamento da doença de Alzheimer é fundamental para que os danos comecem a ser reduzidos desde o começo.


Estágio inicial ou leve:
o primeiro sintoma do Alzheimer é a perda de memória recente, segundo o Ministério da Saúde. Ainda que não tão recorrente, a pessoa começa a apresentar dificuldades na fala, como não encontrar a palavra certa ou não conseguir terminar uma frase.

É comum que ela também sinta dificuldades em lembrar de caminhos rotineiros ou se fez uma refeição ou não, mostrando-se estar bastante confusa.

Nessa fase, apesar dessas características, o indivíduo ainda é bastante independente, consegue executar as atividades diárias ainda que isso possa falhar vez ou outra.

Apenas uma observação médica mais próxima conseguirá detectar se é apenas uma perda de memória referente à idade ou se pode ser o início dos sintomas da doença. Por isso, se esses sintomas aparecerem, um psiquiatra, geriatra ou um neurologista pode ser consultado.


Estágio intermediário:
nessa fase, as funções do paciente já ficam mais comprometidas. Não conseguem realizar tarefas comuns, afetando a rotina.

Cuidar da casa ou da higiene pessoal fica mais difícil, assim como lembrar do nome ou reconhecer pessoas próximas.

É possível que surjam distúrbios de sono, como trocar o dia pela noite, alucinações, repetições de palavras ou perguntar a mesma coisa várias vezes. Pode-se notar também mudanças de personalidade e no comportamento.

O acompanhamento tende a ser integral, devido ao risco que o paciente pode apresentar em ficar sozinho.


Estágio avançado:
no estágio avançado, o indivíduo já tem suas funções altamente comprometidas. Aqui, diferentemente dos outros estágios, as memórias mais antigas também já foram afetadas, fazendo com que não se recorde mais de histórias antigas.

Também pode aparecer a dificuldade de se alimentar, incontinência urinária e fecal, podendo ser difícil até mesmo caminhar.

Nessa fase, o paciente já está bem debilitado, podendo ficar acamado ou até mesmo hospitalizado, favorecendo o aparecimento de outras doenças.

 

Como descobrir em qual fase do Alzheimer a pessoa está?

Infelizmente, não existe fórmula mágica! Somente uma equipe multidisciplinar consegue desenhar esse diagnóstico.

Por isso, se você tem alguém na família que começou a apresentar alguns sinais, a recomendação é visitar o médico o mais rápido possível. Se diagnosticada com Alzheimer, a pessoa poderá receber o tratamento adequado de acordo com o seu estágio.

 

Quais as causas da doença de Alzheimer? 

Até onde se sabe, o fator genético é o que mais influencia no aparecimento da doença. Ou seja, se há alguém próximo na sua família com a condição, as chances de você também apresentá-la em idades mais avançadas também é maior.

Mas os hábitos também podem refletir no aparecimento da doença. Sedentarismo, beber e fumar em excesso, alimentação desequilibrada e falta de estímulos cognitivos podem colaborar para o desenvolvimento do Alzheimer.

 

O Alzheimer tem cura? 

A doença de Alzheimer ainda não tem cura, mas os estudos desenvolvidos até hoje já conseguem nos auxiliar no tratamento e também na prevenção da doença.

O diagnóstico precoce ajuda a prolongar a vida do paciente, além de contribuir bastante para a sua qualidade de vida.

Medicamentos antidepressivos, ansiolíticos e que agem diretamente na capacidade cognitiva podem ser usados no tratamento desde o início dos sintomas.

 

Quais são os tratamentos para o Alzheimer?

Hoje é possível trazer mais qualidade de vida ao paciente com Alzheimer apostando em medicações – receitadas pelo psiquiatra, neurologista ou geriatra – que podem retardar o desenvolvimento da doença e seus sintomas.

Mas existem outros tratamentos que também auxiliam nesse processo, como a musicoterapia, para estimular a concentração e o foco; a psicoterapia, para tratar outros problemas associados aos Alzheimer, como depressão e ansiedade; e a terapia ocupacional, que pode auxiliar o paciente a encontrar formas seguras de realizar suas tarefas do dia a dia, sentindo-se mais confiante.

 

Como se prevenir da doença de Alzheimer?

Ainda que não exista uma fórmula mágica para a prevenção do Alzheimer e que não há como ir contra o fator genético, os estudos nos mostram que manter a cabeça ativa e manter hábitos de vida saudáveis podem até mesmo inibir a manifestação da doença. Você sabia disso?

Você está se prevenindo contra o Alzheimer quando você:

  • lê, pensa, estuda;
  • joga jogos que exijam raciocínio;
  • faz atividades em grupo;
  • se alimenta bem;
  • pratica exercícios regularmente.

 

Como lidar com o diagnóstico do Alzheimer?

Receber um diagnóstico de Alzheimer na família não é nada fácil. Devido às características da doença e da perda de autonomia da pessoa afetada, os danos causados podem se estender para as pessoas mais próximas.

O acompanhamento psicológico, não somente do paciente, mas da família, é necessário nesse momento. Não hesite em procurar ajuda.

Agora que você já sabe mais sobre a doença de Alzheimer, que tal compartilhar com quem também precisa dessas informações?

Até a próxima!

 

 

Referências:

Ministério da Saúde

Instituto de Psiquiatria Paulista

Alzheimer’s Association

 

 

 

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