Qual a importância da vacinação?

Entenda como as vacinas funcionam e porque é tão importante mantê-las em dia.
O Dr. Benito Lourenço, médico credenciado do plano Omint Premium, pediatra especialista em adolescentes, e a Dra. Maisa Kairalla, médica credenciada do plano Omint Premium, especialista em geriatria, colaboraram para a elaboração desse conteúdo. Consulte sempre a rede atualizada e completa do seu plano no app Minha Omint.

Publicado por Juliana Brito

12 de abril de 2023

As vacinas são os maiores escudos contra diversas doenças e permitem que algumas delas sejam até mesmo erradicadas. Mas você sabe como elas funcionam e por que é importante que cada um de nós faça a sua parte? Separamos as principais informações sobre o assunto. Venha aprender com a gente!

 

O que são as vacinas e como agem no corpo humano

As vacinas são substâncias preparadas com a finalidade de imunizar o nosso organismo. Elas são produzidas utilizando o próprio agente causador da doença, que pode estar inativado ou apenas em fragmentos, para que, dessa forma, quando aplicadas, causam a resposta imunológica do corpo, que luta contra o agente de forma mais branda.

Resumidamente, é como se introduzíssemos o agente de forma mais “fraca” para que as nossas células de defesa aprendam previamente a lutar contra ele. Caso entremos em contato com a doença no futuro, o corpo já terá essa resposta imunológica primária e conseguirá combater a doença com muito mais facilidade.

Ou seja, a vacina é a principal estimuladora de produção de anticorpos e garante a resposta imunológica mais rápida para um futuro possível contato com o agente causador.

 

Qual a importância da vacinação?

A primeira vacina registrada foi contra a varíola, ainda no século 18, idealizada pelo médico Edward Jenner, numa época em que a doença ameaçava a humanidade. Depois dela, inúmeras outras foram desenvolvidas. As vacinas podem ser consideradas um dos maiores avanços que tivemos dentro da ciência.

Segundo a Organização Mundial de Saúde – OMS, elas são responsáveis por evitar entre 2 a 3 milhões de mortes por doenças preveníveis a cada ano.

Um dos fatos mais importantes sobre as vacinas é que são essenciais para viver em sociedade e não agem de forma individual. Uma vez que a maioria desses agentes é transmitida de pessoa para pessoa por contato ou pelo ar, é necessário que todos – ou pelo menos grande parte – dos indivíduos estejam imunizados.

As vacinas são responsáveis pela imunização em massa, ou seja, quanto mais pessoas vacinadas, menos o agente causador consegue provocar males a esses indivíduos, resultando em uma realidade onde a doença já não leva mais as pessoas a óbito ou, quando são afetadas por ela, sentem apenas sintomas leves.

Exemplo recente é a vacina contra o coronavírus, a principal solução para cessar as milhares de mortes em decorrência da doença. Hoje, o vírus continua circulando, porém em menor quantidade e muito menos fatal.

Concluindo: as vacinas são importantes tanto de forma individual, prevenindo contra aspectos agressivos da doença, quanto de forma coletiva, pois garantem o bem-estar da sociedade como um todo, erradicando doenças e prevenindo mortes.

 

Você pode estar se perguntando: por que é que as doenças voltam depois de um tempo, mesmo depois de erradicadas?

A resposta é bem simples! “Uma doença pode estar erradicada, mas isso não significa que o vírus parou de circular 100%. Portanto, se ele encontrar uma população que não está protegida e sem anticorpos, a doença volta a se propagar”, explica o Dr. Benito Lourenço, pediatra especializado em adolescentes.

É importante lembrar também que as contraindicações são raríssimas – caso exista, será indicada pelo seu médico. Porém, a maioria das pessoas podem tomar as vacinas normalmente, seguindo o Calendário Nacional de Vacinação. Vacinar-se e vacinar seus filhos é um ato de cuidado com você, seus amigos, familiares e pessoas que você ama, protegendo-os de diversas doenças.

 

Quais as principais vacinas que devem ser tomadas?

O foco da vacinação está principalmente em crianças e idosos, porém, muitas delas precisam ser aplicadas na adolescência como reforço, e na fase adulta. Vamos conhecer as principais vacinas e como e quando são aplicadas.

 

Vacina contra a hepatite B

É uma doença grave do fígado, que, se não cuidada, pode evoluir para câncer de fígado, precisando até mesmo de transplante hepático.

A primeira dose da vacina deve ser aplicada já nas primeiras horas de vida, seguida de mais 3 doses: aos 2, 4 e 6 meses. Esse imunizante está incluído na vacina pentavalente, na qual falaremos mais à frente.

 

Vacina BCG

A vacina age contra as formas graves de tuberculose e deve ser aplicada logo após o nascimento.

 

Vacina pentavalente

Essa vacina protege contra cinco doenças: difteria, tétano, coqueluche, Haemophilus influenzae tipo B (Hib) – causadora de doenças graves como meningites – e hepatite B, conforme citamos. São três doses, aplicadas aos 2, 4 e 6 meses de vida.

A vacina contra a coqueluche, o tétano e a difteria – incluídas na pentavalente – é repetida aos 15 meses e aos 4 anos. Na adolescência, é aplicada novamente uma dose contra o tétano e a difteria.

 

Vacinas contra a poliomielite:

A poliomielite (paralisia infantil) é uma doença grave que provoca a paralisia dos membros inferiores e pode ser facilmente evitada com a vacina.

Existem dois tipos de vacinas disponíveis no Brasil: a vacina injetável, chamada VIP, administrada no primeiro ano de vida – aos 2, 4 e 6 meses –, e a vacina oral, a famosa “gotinha” das campanhas de vacinação, chamada VOP, aplicada aos 15 meses e aos 4 anos.

A campanha de vacinação contra a poliomielite acontece uma vez ao ano e já está erradicada no Brasil, mas a doença ainda existe em outros países e o vírus pode chegar novamente até o País por conta de viagens e circulação de pessoas. Por isso, é tão importante continuar imunizando as crianças.

Neste vídeo, a Dra. Bianca Seixas, médica credenciada do plano Omint Premium, falou um pouco sobre a importância dessa vacinação. Confira!

 

Vacina contra o pneumococo

Essa vacina protege contra infecções causadas pela bactéria Streptococcus pneumoniae, que provoca inúmeras doenças em crianças, principalmente as pulmonares. São duas doses: aos 2 e 4 meses, e um reforço aos 12 meses.

 

Vacina contra o rotavírus

Protege contra infecções gastrointestinais, ou seja, diarreias e vômitos graves, causadas pelo rotavírus. São duas doses: aos 2 e 4 meses.

 

Vacina contra a meningite meningocócica C

Essa bactéria ainda causa quadros graves de meningites em crianças, com risco de morte e sequelas. É administrada em bebês, aos 3, 5 e 12 meses.

Na adolescência, é necessário o reforço desse imunizante, que, além de conter novamente a proteção contra o meningococo C, também protege contra outros tipos de meningite: tipo A C, W e Y. Por isso, a vacina é chamada de ACWY.

 

Vacina contra a febre amarela

A febre amarela também é uma doença grave que pode levar a óbito em casos graves. Hoje a vacina é administrada em todo o País aos 9 meses.

 

Vacina contra o sarampo, caxumba e rubéola

A vacina é conhecida como tetravalente ou tetra viral e imuniza contra sarampo, caxumba e rubéola. É aplicada aos 12 e 15 meses.

 

Vacina contra a catapora (varicela)

A catapora é uma doença que atinge principalmente crianças, causando lesões na pele e coceira, além de ser altamente contagiosa. É administrada aos 15 meses e aos 4 anos.

 

Vacina contra a hepatite A

A hepatite A é conhecida como “hepatite infecciosa”, de caráter benigno, mas que pode se tornar grave a longo prazo. A vacina é aplicada aos 18 meses.

 

Vacina contra o HPB (hiperplasia prostática benigna)

A doença é causada por um vírus que pode motivar o aumento da glândula da próstata, causando até mesmo câncer a longo prazo.

É aplicada nos adolescentes de 9 a 14 anos.

 

E como funcionam as vacinas em idosos?

 

Vale relembrar aqui que, após os 40 anos, o processo de envelhecimento das células de defesa do organismo já se inicia. Dessa forma, as pessoas ficam muito mais suscetíveis a doenças infectocontagiosas.

E esse processo é contínuo! Portanto, quanto mais idoso o indivíduo, maior o fator de risco para doenças infecciosas, que podem se desenvolver em sua forma mais grave. “Além disso, as doenças crônicas que podem afetar essas pessoas também deixam o sistema ainda mais imunossuprimido”, afirma a Dra. Maisa Kairalla, geriatra credenciada Omint.

Então a vacina não se aplica mais para essas pessoas? Muito pelo contrário! São as vacinas que ajudam a despertar seu sistema imunológico, colaboram para a imunização e facilitam para que o corpo reaja melhor a esses agentes. Além da imunização, os exercícios físicos regulares também podem contribuir muito bem para que a resposta imunológica seja melhor ainda.

Além de não existir idade máxima para tomar as vacinas, idosos só não devem tomá-las em caso de alergia, o que também não é muito comum. Isso deve ser avaliado diretamente com o seu médico.

Se você tem dúvidas de quais vacinas devem ser tomadas nessa idade, você pode consultar o Calendário de Vacinação do Idoso.

E aí, aprendeu mais sobre o funcionamento das vacinas e por que elas são importantes? Compartilhe com quem você se importa para que possam manter sua carteira de vacinação em dia também!

 

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