O que é câncer de pele?

Entenda o que causa o câncer de pele, os sintomas e como você pode se prevenir.

Publicado por Juliana Brito

7 de dezembro de 2022

Você sabia que o câncer de pele corresponde a 33% de todos os diagnósticos dessa doença no Brasil? Pois é. O número pode parecer um pouco assustador, mas a boa notícia é que, se descoberto logo no início, as chances de cura são de mais de 90%, além de que é possível ter atitudes que podem ajudar a preveni-lo.

Neste texto, você vai ver mais sobre o que é o câncer de pele, seus sintomas, tipos, tratamentos e formas de prevenção. Para isso, conversamos com a Dra. Luciane Scattone, dermatologista credenciada Omint, que nos ajudou com as principais informações sobre o assunto.

O que é o câncer de pele?

O câncer de pele acontece quando há a multiplicação e o desenvolvimento anormal de células das camadas da pele, até que se forme um tumor que pode ser identificado entre três tipos, dependendo de qual camada esse tumor está localizado – epiderme, derme e hipoderme.

Causas do câncer de pele

Antes de qualquer fato, é necessário lembrar que o Brasil é um país tropical onde a ação do sol é forte na maior parte do ano. Isso faz com que os brasileiros precisem tomar um cuidado redobrado, uma vez que os raios solares UVA e UVB são os grandes responsáveis por contribuir com o desenvolvimento desse tipo de câncer.

Porém, normalmente, as pessoas não usam o filtro solar em dias nublados e chuvosos. Acredite: nem nesses casos ele se torna dispensável. E por quê?

“As nuvens filtram apenas 70% dos raios solares, os outros 30% passam normalmente. Além disso, temos dois tipos de raios sendo emitidos pelo sol: UVA e UVB. Enquanto o UVB nos passa aquela sensação quente do sol, o UVA não traz essa sensação de calor, porém ambos são prejudiciais para a nossa pele. Por isso, o filtro solar é indispensável no seu dia a dia”, afirma a Dra. Luciane Scattone.

Os raios UVA também podem atingir camadas mais profundas da pele, sendo ainda mais prejudiciais e causar o envelhecimento precoce.

É importante lembrar também que tomar sol não é totalmente ruim. Afinal, ele auxilia em muitos processos do nosso corpo, mas é necessário tomar cuidado!

Outros fatores que podem contribuir ativamente para o desenvolvimento do câncer de pele são:

– histórico na família;
– pessoas com pele ou olhos claros;
– pessoas que trabalham expostas ao sol sem proteção.

Neste vídeo a Dra. Luciane explica um pouco mais sobre o assunto:

 

Quais os tipos de câncer de pele?

Assim como qualquer outro câncer, existem muitas variações de uma mesma doença: tumores benignos, malignos, casos mais sérios, outros mais simples. Por isso, é necessário lembrar que cada indivíduo deve ser tratado de acordo com a sua condição.

Porém, os tipos mais comuns de câncer de pele são três: carcinoma basocelular (CBC), carcinoma espinocelular (CEC) e melanoma. Veja a seguir como se apresenta cada um deles.

Carcinoma basocelular (CBC): é o mais comum de todos os tipos e o mais fácil de tratar. Esse tipo de câncer surge logo na camada mais superficial da epiderme e pode ser curado caso seja descoberto precocemente.

É mais comum em áreas que estão mais expostas ao sol, como cabeça, pescoço, colo, orelhas, ombros e costas.

Nesse caso, os primeiros sinais geralmente são lesões avermelhadas, brilhosas e podem sangrar com facilidade e até mesmo coçar.

Esse tipo de câncer não costuma ser metastático, ou seja, não se espalham para outros lugares do corpo, sendo de fácil remoção e tratamento.

Carcinoma espinocelular (CEC): é o segundo tipo mais comum e também surge em áreas mais expostas ao sol, porém já atinge as camadas da pele um pouco mais profundamente, no qual há contato com a corrente sanguínea. Por isso, ele pode ser metastático.

Nesse tipo, as lesões são mais caracterizadas por queratoses actínicas. “O paciente pode chegar com uma queixa de uma área de ‘aspereza’ na pele, que, mesmo retirando, volta. Isso pode ser sinal de CEC. São mais comuns do lado do rosto e do nariz”, sinaliza a dermatologista.

Melanoma: é o mais raro entre eles e o mais grave, porém, se detectado logo no início, tem mais de 90% de chance de cura.

O melanoma é caracterizado por pintas de cor escura, com bordas irregulares, sendo alta ou não, e podem sangrar.

Essas já não são comuns apenas em áreas expostas e podem aparecer por toda a extensão do corpo, exigindo a autoanálise. Caso o indivíduo note alguma lesão parecida com essas características, deve procurar um dermatologista quanto antes para que sejam feitos os exames necessários.

Como você pode ver, os tipos de câncer existentes variam na sua gravidade, mas resumidamente são diferenciados pela camada da pele atingida, assim como na imagem a seguir:

Vale lembrar que o fator hereditário influencia no desenvolvimento da doença e a exposição solar também contribui para o desenvolvimento desses tumores.

No geral, os sintomas do câncer de pele são:

– manchas que coçam ou descamam;
– pintas que mudam de tamanho, cor ou sangram;
– feridas que não cicatrizam em 4 semanas.

Caso você note qualquer uma dessas características, procure por um dermatologista, pois somente um profissional poderá diagnosticá-lo. Caso não haja nenhuma lesão, pelo menos inclua na sua agenda um check-up anual, okay?

Como prevenir o câncer de pele?

Antes de qualquer orientação, você já deve saber que o filtro solar é a primeira das recomendações para a prevenção do câncer de pele, mas você sabe as diferenças entre filtro solar, protetor solar e bloqueador solar? Vamos te explicar!

Filtro e protetor solar são sinônimos, porém, o filtro solar é mais utilizado para se referir a produtos que são aplicados diretamente na pele para nos proteger dos raios solares. Já a palavra protetor pode ser mais utilizada para barreiras físicas contra o sol, como chapéu ou óculos. Porém, os dois termos são utilizados.

Já o bloqueador solar é um pouco mais completo do que o filtro solar. Ele possui a mesma função: proteger dos raios solares, porém, ele possui outros componentes em sua fórmula que bloqueiam completamente a ação do sol. Ou seja, é um produto mais completo e indicado para uma exposição solar mais severa, como por exemplo, na praia.

Agora que você já sabe as diferenças, vamos entender melhor o que pode causar esta doença.

Já vimos até aqui que a exposição solar e o fator da hereditariedade contribuem ativamente para o desenvolvimento do câncer de pele. Então, como é possível se cuidar frente a isso?

Use filtro solar: ele é seu melhor amigo sempre, acredite! No dia a dia, deve-se usá-lo pela manhã para que você possa ficar protegido – lembrando que não importa se está fazendo um dia de sol ou não, okay? O filtro solar em áreas mais expostas como pescoço, colo, orelhas e ombros também se faz necessário. Hoje, as composições dos filtros solares já acabam fazendo certo tratamento para pele, uma vez que podem conter calmantes, vitaminas, entre outros produtos que contribuem para a saúde da pele.

“No dia a dia, filtros com fator 30 já resolvem bem. Mas, se você estiver na praia ou piscina, é melhor usar um filtro solar de fator mais alto, como 60, 70 e até 90”, diz a Dra. Luciane Scattone.

O filtro solar também não deve ser utilizado antes de dormir, certo?

Visite regularmente o dermatologista: claro que sabemos que não é necessário que você fique investigando o tempo todo, mas as visitas ao dermatologista são essenciais para que haja uma avaliação.

Já pensou como pode ser difícil detectar sinais tão pequenos? Somente o profissional conseguirá perceber.

A recomendação de frequência ao dermatologista é a seguinte: caso um bebê nasça com alguma marca na pele, é necessário o acompanhamento desde o nascimento.

Para os adultos, é recomendável que você faça esse acompanhamento principalmente após os 30 anos. E, caso você tenha parentes de primeiro grau com a doença, a partir dos 20 anos o acompanhamento também já pode ser feito.

E você, tem cuidado bem da sua pele? Já sabia dessas informações? Compartilhe e espalhe a importância da prevenção!

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