O Chile surpreende e conquista qualquer pessoa. Com paisagens que vão de desertos áridos a geleiras, passando por vulcões, vinhedos e o mar azul do Pacífico, o país oferece uma diversidade única para quem busca aventura, cultura, gastronomia e bem-estar. Mas essa variedade também exige planejamento. Afinal, viajar para um lugar tão extenso pede escolhas certeiras.
Não à toa, o número de turistas brasileiros no país cresceu 115% em 2023, segundo o Serviço Nacional de Turismo (Senatur). Com voos diretos e a facilidade de não exigir passaporte nem visto para brasileiros, o Chile está entre os destinos internacionais mais desejados do momento.
Neste conteúdo, você vai entender por que fazer uma viagem para o Chile, o que levar, quando ir, quanto custa e como montar um roteiro completo.
Por que fazer uma viagem para o Chile?
Poucos países conseguem reunir tantas paisagens contrastantes em um território tão estreito. Do deserto mais seco do mundo ao extremo gelado da Patagônia, o Chile é um destino versátil, ideal para todos os estilos de viajantes e em qualquer época do ano.
Além da natureza exuberante, a capital Santiago oferece modernidade, boa gastronomia e fácil acesso a vinícolas, estações de esqui e ao litoral. Também chamam atenção a infraestrutura turística, a segurança nas cidades e a cordialidade dos chilenos com os visitantes brasileiros.
E mais: como parte do Mercosul, brasileiros podem entrar no Chile apenas com o RG original (emitido há menos de 10 anos), sem necessidade de passaporte ou visto para viagens a turismo com até 90 dias de duração.
Qual a documentação necessária e exigências para entrar no Chile?
Viajar para o exterior envolve entender os requisitos de entrada para evitar imprevistos. No caso do Chile, as exigências para turistas brasileiros são simples e facilitam o planejamento. A seguir, veja o que é necessário para entrar no país com tranquilidade.
- RG original e em bom estado, com menos de 10 anos de emissão.
- Comprovante de seguro viagem internacional, que cubra assistência médica e hospitalar.
- Passagem de retorno ao Brasil.
- Comprovantes de hospedagem e recursos financeiros (podem ser solicitados).
Apesar de não ser exigido o passaporte, ele é recomendado para quem pretende usar o Chile como ponto de conexão para outros destinos.
Seguro viagem é obrigatório?
Embora não haja obrigatoriedade legal para entrar no país, o seguro viagem é recomendado e, em alguns casos, exigido por agências de viagem e operadoras. O sistema público de saúde chileno não é gratuito para estrangeiros, e os custos médicos podem ser altos.
Qual a melhor época para viajar para o Chile?
Um dos grandes atrativos do Chile é sua diversidade climática, resultado de um território que se estende por mais de 4.000 km de norte a sul. Isso significa que, ao planejar sua viagem, o ideal não é apenas escolher a estação do ano, mas também entender como o clima se comporta em cada região. A boa notícia é que o país oferece experiências incríveis em todas as épocas — basta saber o que esperar de cada uma.
Um bom ponto de partida é conhecer as características de cada estação, já que elas influenciam diretamente nos roteiros e nas experiências. Veja como o clima se comporta ao longo do ano e quais são os destaques de cada período.
- Verão (de dezembro a março): ideal para explorar o Deserto do Atacama, as praias e regiões de vinícolas. Clima seco e temperaturas elevadas.
- Outono (de março a junho): época de colheita nas vinícolas e temperaturas mais amenas. Ótimo para turismo cultural.
- Inverno (de junho a setembro): é a alta temporada nas estações de esqui, como Valle Nevado. Também é ideal para conhecer a Patagônia.
- Primavera (de setembro a novembro): clima agradável, menos turistas e paisagens floridas, perfeita para explorar o país com tranquilidade.
Principais destinos no Chile para incluir no roteiro
Cada região do Chile oferece uma experiência única. Por isso, é importante escolher o tipo de vivência que você deseja ter. Gastronomia, neve, deserto, praias, cultura, vinhos ou aventura? O Chile tem tudo isso — e mais um pouco. A seguir, destacamos os principais destinos que merecem entrar no seu planejamento, seja para uma viagem curta, seja mais longa.
Santiago
Moderna, limpa e organizada, Santiago é o coração urbano do Chile. Lá você encontra museus, feiras, centros culturais e acesso fácil às montanhas e vinícolas. Ideal para quem quer combinar cidade, natureza e boa gastronomia.
Deserto do Atacama
Considerado o deserto mais árido do mundo, o Atacama oferece experiências únicas como salares, lagoas de água cristalina e passeios astronômicos. Perfeito para quem busca paisagens surreais e contato com o extremo da natureza.
Patagônia Chilena
Um dos destinos mais fascinantes do planeta, Torres del Paine é um convite à aventura e à contemplação com trilhas, geleiras e vida selvagem abundante.
Valparaíso e Viña del Mar
Valparaíso é arte urbana em cada esquina, com casas coloridas e ladeiras vibrantes. Já Viña del Mar, com seus jardins e praias, oferece um clima mais relaxante. Ambas ficam próximas a Santiago e valem um bate-volta.
Vinícolas do Vale do Colchagua
Para os amantes de vinho, essa região central é um paraíso. Degustações, passeios guiados e harmonizações transformam o passeio em uma experiência sensorial completa.
Sugestões de roteiro para viagem ao Chile
O Chile é um país que convida a ser explorado com calma, mas isso não significa que você precise de semanas para viver experiências inesquecíveis. Com um bom planejamento, é possível criar roteiros equilibrados que combinam cultura, natureza, gastronomia e até um toque de aventura. A seguir, confira sugestões de itinerários para aproveitar o melhor do país em viagens de diferentes durações.
7 dias no Chile – cultura e paisagens
Dias 1 a 3: Santiago e arredores
Explore a capital do Chile com seus pontos históricos e culturais.
- Plaza de Armas e Catedral Metropolitana.
- Mercado Central (degustação de frutos do mar).
- Cerro San Cristóbal (vista panorâmica da cidade).
- Museu de la Memoria y los Derechos Humanos.
- Vinícola Concha y Toro ou Casas del Bosque no Vale de Casablanca
Dias 4 a 5: Valparaíso e Viña del Mar
- Valparaíso: arte urbana no Cerro Alegre e Cerro Concepción, além da visita à casa-museu de Pablo Neruda, La Sebastiana.
- Viña del Mar: relaxar na Praia de Reñaca e visitar o Relógio das Flores.
Dias 6 e 7: Bate-volta ou voo para o Deserto do Atacama
Aqui, você pode incluir o Atacama!
- San Pedro de Atacama: passeios rápidos para conhecer o Vale da Lua e o Vale da Morte, duas paisagens surreais.
- Tour astronômico: programe-se para fazer o famoso passeio sob o céu mais estrelado do mundo — é uma experiência única e emocionante.
Obs.: esse roteiro exige voo interno de Santiago para Calama e traslado até San Pedro de Atacama (cerca de 1h30).
10 dias no Chile – incluindo deserto, natureza e neve
Dias 1 a 3: Santiago + Valparaíso e Viña del Mar
Aproveite para conhecer:
- Centro histórico de Santiago.
- Vinícolas próximas.
- Arte e praia em Valparaíso e Viña del Mar.
Dias 4 a 7: Deserto do Atacama
- Vale da Lua e Vale da Morte.
- Lagunas Altiplânicas e Salar de Atacama.
- Termas de Puritama (águas termais em pleno deserto).
- Tour astronômico: experiência imperdível nas noites mais estreladas do Planeta.
Dias 8 a 10: Valle Nevado ou Cajón del Maipo
- Para os amantes da neve, Valle Nevado é o paraíso do esqui e snowboard.
- Para quem prefere trilhas, natureza e termas, Cajón del Maipo é uma ótima opção.
Observações importantes para o planejamento
- Se incluir o Atacama mesmo em uma viagem de 7 dias, é ideal reservar ao menos 2 noites em San Pedro de Atacama para aproveitar melhor.
- Para 10 dias, o roteiro fica perfeito — equilibrando cidade, deserto e neve.
Quanto custa uma viagem para o Chile?
Planejar uma viagem para o Chile envolve avaliar diferentes estilos de viagem. A boa notícia é que o país oferece opções para todos os perfis: desde os viajantes econômicos até os que buscam experiências mais completas, como passeios guiados, enoturismo e esportes de inverno.
De modo geral, quem pretende passar cerca de uma semana no Chile pode se planejar para gastar entre R$ 3.500 e R$ 9.000 por pessoa, considerando passagens aéreas, hospedagem, alimentação, transporte local e passeios. É claro que esse valor pode variar bastante: quem viaja na baixa temporada, por exemplo, tende a encontrar voos e acomodações com preços mais acessíveis, enquanto os meses de inverno (principalmente julho) costumam ter custos mais elevados por conta da procura por estações de esqui como Valle Nevado e Portillo.
Além dos gastos com alimentação e passeios, é essencial incluir o seguro viagem no orçamento. Embora não seja obrigatório para entrar no Chile, ele é recomendado já que o país não conta com um sistema público de saúde gratuito para turistas.
O Omint Seguro Viagem oferece planos com excelente custo-benefício, que cobrem atendimento médico e odontológico no exterior, extravio de bagagem, cancelamento de viagem e até a prática amadora de esportes como snowboard e esqui – em pistas regulamentadas –, hipismo, mergulho recreativo e outros, o que faz toda a diferença para quem vai aproveitar o lado mais aventureiro do destino.
Dicas práticas para aproveitar ao máximo
Uma viagem para o Chile pode ser ainda mais incrível com alguns cuidados simples, que fazem toda a diferença na hora de se adaptar ao clima, aos deslocamentos e ao estilo de vida local.
Por isso, reunimos abaixo algumas dicas práticas que ajudam a evitar imprevistos e garantem uma experiência mais segura, confortável e completa. Seja sua primeira vez no país ou não, vale conferir!
Leve pesos chilenos ou um cartão internacional com taxa reduzida
Embora alguns estabelecimentos em Santiago aceitem pagamento em real ou dólar, o ideal é levar pesos chilenos para gastos do dia a dia, como transporte, alimentação e entradas em atrações.
Uma boa alternativa é utilizar um cartão internacional com taxa reduzida de IOF, como os pré-pagos com câmbio comercial. Eles oferecem mais segurança e controle nos gastos — e permitem saques em moeda local, caso necessário.
Use roupas por camadas
O clima no Chile pode variar bastante ao longo do dia, principalmente nas regiões de montanha ou no deserto.
Pela manhã, as temperaturas costumam ser mais baixas, subindo à tarde e voltando a cair à noite. Por isso, vista-se em camadas: uma blusa térmica, uma malha intermediária e um casaco são uma boa combinação, além de acessórios como gorro e luvas no inverno. Isso evita desconfortos e reduz o volume da mala.
Evite beber água da torneira
A água potável no Chile é tratada, mas pode causar desconforto intestinal em quem não está habituado, especialmente nas regiões mais remotas. O mais seguro é optar por água mineral engarrafada — e usá-la também para escovar os dentes em destinos como o Deserto do Atacama ou a Patagônia.
Use apps locais de mobilidade (como Didi e Cabify)
Para se deslocar com mais praticidade e segurança nas grandes cidades, como Santiago ou Valparaíso, prefira aplicativos de transporte já estabelecidos no país.
Didi e Cabify são os mais usados e, em muitos casos, oferecem valores mais acessíveis do que os táxis comuns. Também é possível usar o metrô de Santiago, que é moderno e bem-sinalizado.
Tenha internet no celular (chip internacional ou eSIM)
Manter-se conectado facilita a navegação por mapas, a tradução de textos e a comunicação em emergências.
Uma opção prática é comprar um chip internacional ou contratar um plano eSIM antes da viagem, assim você já desembarca com acesso à internet. Algumas operadoras locais também vendem chips em aeroportos e centros comerciais.
Inclua dias de descanso no roteiro
O Chile é um país com muitas altitudes e longas distâncias entre os destinos. Em regiões como o Atacama, o corpo pode sentir os efeitos da altitude, como cansaço, dor de cabeça e sono irregular.
Por isso, inclua dias com atividades mais leves entre os passeios principais. Essa pausa ajuda o corpo a se adaptar melhor e evita sobrecargas no planejamento.
Agora você já pode arrumar as malas!
Viajar para o Chile é descobrir um país de contrastes, belezas naturais e experiências marcantes, tudo isso a poucas horas do Brasil. Planejar com cuidado, investir em segurança e montar um roteiro equilibrado faz toda a diferença para aproveitar o melhor de cada lugar.
E lembre-se: o seguro viagem para o Chile é o seu aliado, garantindo tranquilidade desde o embarque até o último passeio.