As alergias mais comuns, como rinite, asma, dermatite atópica ou alergia alimentar, fazem parte da realidade de milhões de pessoas ao redor do mundo. No Brasil, a situação não é diferente.
De acordo com a Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI), cerca de 30% da população brasileira convive com algum tipo de doença alérgica.
E o mais preocupante: esse número está crescendo, especialmente nas grandes cidades, onde fatores como poluição, mudanças nos hábitos alimentares e maior exposição a alérgenos favorecem o aumento dos casos de alergias.
Neste artigo, vamos explicar o que são as alergias, quais são as mais comuns, como identificá-las, tratá-las e preveni-las. Boa leitura!
O que são alergias?
A alergia é uma resposta exagerada do sistema imunológico a uma substância que, na maioria das vezes, é inofensiva para a maior parte das pessoas.
Essa substância é chamada de alérgeno e pode estar presente no ar, em alimentos, medicamentos, picadas de insetos ou até mesmo no contato com a pele.
Quando o organismo entra em contato com esse alérgeno, o sistema imunológico libera substâncias como a histamina, que causam sintomas como coceira, espirros, inchaço, vermelhidão, falta de ar ou irritações cutâneas.
A reação alérgica, costuma ocorrer em indivíduos que têm uma predisposição genética (ou seja, uma tendência herdada de familiares) e que já tiveram contato anterior com a substância causadora da alergia (alérgeno), ficando “sensibilizadas”.
- Leia sobre as principais doenças respiratórias no inverno.
As alergias mais comuns
As alergias mais comuns podem se manifestar de diferentes formas e intensidades, afetando a pele, o sistema respiratório, o trato digestivo ou até o organismo como um todo. Entre os tipos mais frequentes estão:
- Alergia na pele.
- Alergia alimentar.
- Alergia a medicamentos.
Para facilitar a compreensão, preparamos um infográfico que explica de forma clara os sintomas de alergia, causas e tratamentos para os diferentes tipos de alergias. Confira:

Diagnóstico
O diagnóstico das alergias mais comuns – ou até as mais complexas – exige atenção do profissional de saúde, já que os sintomas podem variar bastante de pessoa para pessoa e, muitas vezes, se confundem com outras condições.
É importante que seja considerado o histórico clínico do paciente, que deve informar ao especialista a frequência das reações, o ambiente e estrutura que vive, alimentos que consome, medicações que toma e antecedentes familiares.
Essa anamnese é fundamental para direcionar os próximos passos.
O médico pode solicitar testes específicos para confirmar a suspeita. Os mais utilizados são os testes cutâneos (prick test), que consistem na aplicação de pequenas quantidades de alérgenos na pele do antebraço e nas costas, observando se ocorre alguma reação local.
Outro exame importante é a dosagem de IgE específica no sangue, que mede os níveis de anticorpos relacionados a respostas alérgicas.
Em casos de alergia alimentar ou medicamentosa, pode-se recorrer também a testes de provocação controlada, realizados em ambiente hospitalar, com monitoramento rigoroso, para observar a reação do organismo à substância suspeita.
Já em alergias de pele, a inspeção direta das lesões, associada ao contexto em que surgem, muitas vezes é suficiente para estabelecer o diagnóstico.
Tratamento
O tratamento das alergias mais comuns começa com a identificação precisa dos fatores desencadeantes das crises. Para isso, o médico alergista pode solicitar diferentes exames e testes específicos — como testes cutâneos e de sangue — que ajudam a reconhecer quais alérgenos estão provocando as reações.
Como vimos no tópico anterior, esse processo diagnóstico é considerado um dos pilares no manejo das doenças alérgicas, pois permite traçar uma conduta personalizada e mais eficaz.
Com base nesses resultados, o tratamento pode envolver medidas combinadas, que incluem tanto o controle ambiental, que envolve mudanças simples no cotidiano, como reduzir a exposição a poeira, ácaros, mofo ou alimentos identificados como gatilhos, e uso de medicamentos voltados para o alívio dos sintomas.
Vale reforçar que a automedicação não é recomendada. O tratamento deve ser sempre conduzido por um profissional habilitado, considerando as características individuais de cada pessoa, a gravidade da alergia e o histórico clínico.
Prevenção
A prevenção das alergias mais comuns começa pela observação atenta do ambiente em que a pessoa vive e trabalha, além da identificação de possíveis fatores desencadeadores dos sintomas.
Elementos como poeira, pelos de animais, ácaros, mofo ou determinados alimentos devem ser monitorados com cuidado, especialmente se houver histórico familiar de doenças alérgicas.
Evitar o contato frequente com os alérgenos conhecidos é, de modo geral, a maneira mais eficaz de prevenir as crises.
Isso pode incluir medidas simples, como manter os ambientes bem ventilados, usar capas antialérgicas em travesseiros e colchões, evitar o acúmulo de objetos que retenham poeira e adotar uma alimentação mais controlada, nos casos de alergias alimentares.
Quanto mais cedo reconhecer os gatilhos, maiores as chances de reduzir a frequência e a intensidade das reações alérgicas no dia a dia.
Sinais de alerta
Embora a maioria das alergias comuns cause sintomas leves ou moderados, em alguns casos elas podem provocar reações graves, como a anafilaxia, que é uma reação rápida do corpo inteiro e pode levar à morte.
Esses são alguns sinais que você deve ficar atento:
- inchaço nos lábios, língua ou garganta;
- dificuldade para respirar ou sensação de sufocamento;
- queda da pressão arterial;
- urticária intensa pelo corpo;
- náuseas, vômitos ou dor abdominal logo após o contato com o alérgeno;
- confusão mental ou desmaio.
Esses sintomas geralmente surgem poucos minutos após a exposição ao alérgeno. Nestes casos, o tratamento imediato com adrenalina intramuscular é fundamental para evitar complicações graves, como choque anafilático e até parada cardiorrespiratória.
Principais dúvidas sobre alergias mais comuns:
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Quais são as alergias mais comuns?
- Rinite alérgica
- Asma alérgica
- Dermatite atópica
- Urticária
- Alergia alimentar
- Alergia a medicamentos
- Alergia a picadas de insetos
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Alergia na pele: como identificar e tratar?
É possível identificar alergias na pele ao notar lesões avermelhas, coceira, descamação, bolhas ou inchaços. O tratamento inclui evitar o contato com o alérgeno, fazer o uso de cremes ou remédios indicados pelo médico e manter a hidratação tanto da pele quanto através da ingestão de líquidos.
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Alergias alimentares: alimentos mais comuns e sinais de alerta.
Os alimentos que mais causam alergias costumam ser leite, ovos, amendoim, soja e frutos do mar. Os sintomas podem incluir coceira na boca, inchaço, náuseas, vômitos e, em casos graves, dificuldade para respirar.
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Alergia emocional existe? Como o estresse pode desencadear sintomas?
Embora o estresse não cause alergia e o termo “alergia emocional” não exista na medicina, ele pode piorar sintomas e agravar crises alérgicas. O estresse intensifica a inflamação no corpo e pode piorar condições da pele como psoríase, dermatite atópica e algumas alergias, provocando coceira, vermelhidão e lesões.
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Como saber que tipo de alergia você tem? Entenda os testes diagnósticos.
Para compreender o tipo de alergia que você tem, é necessário que o médico especialista examine. Em alguns casos ele pode solicitar exames de sangue, testes de pele e provocação para identificar o alérgeno e orientar sobre o tratamento mais indicado.
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Quando a alergia é grave? Sinais de alerta para reação anafilática.
Ao sentir dificuldade para respirar, inchaço no rosto e garganta, queda de pressão, confusão mental ou desmaio, procure socorro médico o quanto antes.
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Dicas práticas para prevenir crises alérgicas no dia a dia.
Se possível, evite contato com poeira, mofo e pelos de animais. Mantenha os ambientes limpos a arejados, cuide da alimentação e siga as orientações do seu médico.
Conclusão
Conviver com alergias traz um grande incômodo para o dia a dia. Mas com informação, atenção aos sinais e acompanhamento com especialista, é possível levar uma vida com mais conforto e qualidade.
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Cuidar da saúde é sempre o melhor caminho. Até a próxima!