Outubro Rosa: prevenção, diagnóstico e cuidados com a saúde da mulher

Sintomas, diagnóstico precoce e os tratamentos necessários para o câncer mais comum entre as mulheres

Publicado por Juliana Brito

7 de outubro de 2021

Outubro Rosa: prevenção, diagnóstico e cuidados com a saúde da mulher

Entenda os sinais do câncer de mama, a importância do diagnóstico precoce e os hábitos que ajudam na prevenção.

Neste Outubro Rosa, reforçamos a relevância da prevenção e do diagnóstico precoce do câncer de mama — condição que pode ter mais de 95% de chances de cura quando descoberta no início, segundo o INCA.

Além de conscientizar, este guia foi preparado para que você entenda melhor o tema, tome as devidas precauções e possa também ajudar outras mulheres próximas.

Ao longo do conteúdo, reunimos as principais questões sobre saúde da mulher, rastreamento e autocuidado, com orientações práticas dos especialistas credenciados Omint: Dra. Fernanda Deutsch Plotzky (ginecologia e obstetrícia), Dr. Jonathan Yugo Maesaka (mastologia), Dra. Mila Miranda (mastologia) e Dra. Juliana Zampieri (ginecologia).

Você vai encontrar respostas objetivas sobre consultas regulares, exames e tratamentos mais indicados, além de sugestões de hábitos saudáveis que ajudam na prevenção de doenças graves.

Boa leitura e cuide-se!

O que é o Outubro Rosa e por que ele é tão importante?

O Outubro Rosa é uma campanha internacional que visa conscientizar sobre a importância da prevenção e do diagnóstico precoce do câncer de mama. Ao longo do mês de outubro, a sociedade se mobiliza para promover informação, incentivo a exames regulares e apoio às mulheres que enfrentam a doença.

A campanha simboliza um convite ao autocuidado e à solidariedade, estimulando o debate sobre a saúde feminina e a redução da mortalidade por meio da detecção precoce.

O que é o câncer de mama e quais suas causas?

O câncer de mama acontece pela multiplicação anormal de células, que, juntas, constituem um tumor. Existem vários tipos de câncer de mama com diferentes graus de agressividade. Alguns podem se desenvolver mais rapidamente, outros de forma mais lenta.

A doença se difere pelo tipo de tecido da mama que afeta. A maioria é carcinoma, que começa nas células epiteliais, que revestem órgãos e tecidos. Na mama, geralmente aparece como adenocarcinoma, ou seja, começa nas células do ducto mamário ou nos lóbulos (glândulas produtoras de leite).

Os tipos de câncer também podem se diferenciar se a enfermidade se disseminou ou não. O câncer de mama que tem início no ducto mamário e não se espalha para outros tecidos é chamado in situ. Já o denominado invasivo caracteriza-se por já ter se espalhado para outros tecidos da mama.

Quais são os tipos de câncer?

  • Carcinoma ductal in situ (DCIS): carcinoma intraductal e considerado não invasivo.
  • Câncer de mama invasivo: espalhou-se para outros tecidos da mama. É o tipo mais comum, junto ao carcinoma lobular invasivo, representando de 70% a 80% de todos os cânceres de mama.
  • Câncer de mama triplo negativo: tipo agressivo de câncer invasivo, representando cerca de 15% dos casos.
  • Câncer de mama inflamatório: tipo mais agressivo e raro, representando de 1% a 5% dos casos.

Quais são as causas do câncer de mama?

As causas do câncer de mama são variadas e não existe apenas um único fator para que ele aconteça. A condição mais relevante é a idade, uma vez que a maioria dos casos aparece após os 50 anos.

Outros fatores incluem:

  • Sedentarismo, obesidade e sobrepeso (principalmente após a menopausa);
  • Consumo de bebidas alcoólicas;
  • Exposição constante à radiação;
  • Menstruação precoce, primeira gravidez após os 30 anos ou não ter tido filhos;
  • Menopausa após os 55 anos e reposição hormonal prolongada;
  • Histórico familiar e mutações genéticas (BRCA1 e BRCA2).

Quais são os sintomas do câncer de mama?

Os sintomas podem variar e nem sempre se manifestam. O sinal mais comum é o aparecimento de um nódulo, geralmente identificado pelo autoexame.

  • Inchaço parcial ou total da mama;
  • Nódulo endurecido e indolor;
  • Irritação ou vermelhidão;
  • Dor na mama ou nos mamilos;
  • Inversão ou retração do mamilo;
  • Secreção serosa ou com sangue.

Importante: o câncer de mama também pode acometer homens, representando 1% dos casos.

Como é feito o diagnóstico?

O diagnóstico é feito a partir de exames clínicos e de imagem, solicitados pelo médico ginecologista ou mastologista.

Avaliação completa deve iniciar-se aos 30 anos ou antes, conforme histórico familiar. A mamografia é recomendada anualmente a partir dos 40 anos.

Devo fazer o autoexame?

O autoexame é uma ferramenta importante de autoconhecimento, mas não substitui os exames de rastreamento.

Quais são os tratamentos para o câncer de mama?

Os tratamentos variam conforme o estágio e tipo do tumor, podendo incluir cirurgia, radioterapia, quimioterapia, hormonioterapia e terapia biológica.

  • Estágios I e II: cirurgia e radioterapia.
  • Estágio III: quimioterapia seguida de cirurgia e radioterapia.
  • Estágio IV: tratamento focado em qualidade de vida e controle da doença.

Prevenção, sobrediagnóstico e rastreamento

Praticar exercícios, manter alimentação saudável, controlar o peso e evitar álcool ajudam na prevenção. O rastreamento deve ser orientado por um médico, com mamografia sendo o exame mais eficaz.

Estudos mostram que, a cada 3 diagnósticos precoces, 1 pode ser sobrediagnóstico — por isso o acompanhamento médico é fundamental.

Como saber a hora certa de fazer o exame?

Para a população em geral, o Ministério da Saúde indica exames a cada 2 anos para mulheres entre 50 e 69 anos. Mulheres com histórico familiar ou mutações genéticas devem realizar acompanhamento mais frequente.

  • Prós: diagnóstico precoce, maiores chances de cura, menos tratamentos invasivos.
  • Contras: risco de sobrediagnóstico e estresse desnecessário.

Perguntas e respostas sobre o câncer de mama

Confira as orientações das especialistas credenciadas Omint, Dra. Juliana Zampieri e Dra. Mila Miranda:

  • Com qual idade procurar o mastologista? A partir dos 25 anos, e anualmente após os 40.
  • Quais exames anuais? Mamografia a partir dos 40 anos, ultrassom complementar em casos específicos.
  • Dor nas mamas: pode ser hormonal, inflamatória ou cística — consulte o médico.
  • Menopausa: alterações hormonais podem ser tratadas com terapias hormonais ou alternativas naturais.
  • Obesidade: aumenta o risco de câncer de mama em até 30% após a menopausa.
  • Atividade física: 150 minutos semanais ajudam a regular hormônios e reduzir inflamações.

FAQ – Dúvidas frequentes sobre saúde da mulher

  • O que é o câncer de mama? Multiplicação desordenada de células mamárias, formando tumores como carcinoma ductal ou lobular.
  • Sintomas: nódulos, secreção, vermelhidão, retração do mamilo e dor persistente.
  • Diagnóstico: mamografia, ultrassom, ressonância e biópsia quando necessário.
  • Autoexame: útil para autoconhecimento, mas não substitui exames clínicos.
  • Testes genéticos: recomendados para casos familiares (genes BRCA1 e BRCA2).
  • Quando iniciar a mamografia? Aos 40 anos em risco habitual; antes, se alto risco.
  • Menopausa: sintomas tratados com terapia hormonal ou alternativas.
  • Estresse: afeta hormônios e fertilidade.
  • Atividade física: ajuda na prevenção de cânceres e equilíbrio hormonal.

O Outubro Rosa é um convite ao autocuidado e à prevenção. Agora que você já sabe mais sobre o câncer de mama, procure seu médico, faça os exames indicados e incentive outras mulheres a fazerem o mesmo.

Compartilhe este guia com quem você ama. A informação pode salvar vidas.

Até a próxima

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