Teste de depressão: veja alternativas para avaliar e combater a doença

Discutir sobre saúde mental é essencial, principalmente quando o assunto é depressão, considerada pela OMS o mal do século. Saiba mais sobre o assunto.

Publicado por administrator

24 de novembro de 2022

A depressão é uma doença muito complexa. De um lado, afeta mais de 300 milhões de pessoas no Planeta, fazendo com que se sintam extremamente desanimadas, sem energia e propósito. Por outro lado, ainda é muito estigmatizada, principalmente pela falta de conhecimento de muitas pessoas a respeito dessa condição. Por isso é importante contar com alternativas para um diálogo objetivo, como a Calculadora da Depressão.

De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), a depressão é o mal do século, afetando cada vez mais pessoas. Entender os principais sintomas é essencial para buscar tratamento ou auxiliar alguém, que esteja passando por essa doença psiquiátrica, a procurar ajuda de um profissional de saúde mental e iniciar o processo de recuperação.

As mudanças velozes na sociedade nos últimos anos contribuem negativamente para esse contexto. As intensas rotinas profissionais, principalmente após a pandemia, a quantidade avassaladora de informações on-line, o excesso de pressão para o sucesso e muitos outros pontos fazem com que cada vez mais pessoas queiram entender os sintomas e buscar um teste de depressão para realizar a autoavaliação.

Removendo o preconceito e as noções superficiais de que depressão se trata de um “drama” temporário ou apenas uma fraqueza, existem diversos métodos de tratamento com alta eficácia e capazes de proporcionar melhora para muitas pessoas. Para isso, é preciso entender bem como esse transtorno psiquiátrico funciona.

É justamente por isso que vamos abordar, nesse texto, os seguintes pontos:

1. Entendendo a depressão.
2. A depressão no contexto brasileiro.
3. Causas da depressão.
4. Como saber se estou com depressão.
5. Conhecendo os tratamentos de depressão.
6. A relação entre depressão e qualidade de vida.

Então, vamos lá?

Entendendo a depressão

A depressão consiste em profundas alterações de humor e na percepção da realidade, acompanhadas de mudanças físicas. O comportamento depressivo pode variar caso a caso, mas, em geral, é comum ver as pessoas – que sofrem com essa doença – sentindo-se indiferentes, apáticas ou culpadas. Junto desse sentimento, há um cansaço generalizado, tanto físico quanto mental, aliado ao sono excessivo ou à insônia.

No caso das mudanças físicas, diversos pacientes sofrem com alterações no apetite, caracterizadas ou pela falta de vontade de comer, ou pela compulsão alimentar. Além disso, é comum manifestarem dores ao longo do corpo. Normalmente, esses são os aspectos contemplados em um teste de depressão.

É essencial compreender que, ao contrário da tristeza passageira, a depressão é persistente. Quando nos sentimos tristes, é normal que sejam vivenciados os mesmos sentimentos descritos acima. Entretanto, nosso emocional se estabiliza novamente e voltamos a sentir as emoções e os sentimentos de costume. Isso não acontece em casos de depressão.

Outro importante fator de diferenciação é que, nos casos de depressão, os sintomas persistem mesmo quando não há um motivo aparente ou uma causa estabelecida. Esses são alguns dos sinais de alerta.

Continue aprendendo: Doenças psicossomáticas e entenda o que é esquizofrenia

A depressão no contexto brasileiro

Atualmente, no Brasil, o número de pessoas que afirmam terem sido diagnosticadas com depressão subiu para 13,5% em 2022, de acordo com uma pesquisa da Vital Strategies e da Universidade Federal de Pelotas.

O resultado é reflexo de diversos fatores, como a pobreza, a desigualdade e, sem dúvidas, os efeitos do isolamento e da pandemia da Covid-19. Também vale notar que, quanto mais as pessoas conversam sobre depressão, espalhando conhecimento sobre os sintomas, o tratamento e a autoavaliação, aumenta também a procura por ajuda e, consequentemente, o número de diagnósticos.

Os números citados podem sofrer variações em razão dos locais em questão. Em Belém, por exemplo, a porcentagem de pessoas diagnosticadas com depressão é de 7,2%, enquanto Porto Alegre supera a marca de 17%. São Paulo, por sua vez, possui 9,7% dos casos.

Causas da depressão

Estabelecer a causa para a depressão é uma tarefa complexa. Afinal, é uma doença com diversas raízes, desde químicas até sociais.

Um importante fator, por exemplo, é a genética. Muitas vezes, a depressão gera disfunções bioquímicas no cérebro. Isso impossibilita o fluxo adequado de diversos neurotransmissores responsáveis pela felicidade. Assim, a predisposição para essa doença psiquiátrica aumenta quando há casos na família de depressão.

É necessário compreender que o fato de uma doença ter predisposição genética não é garantia de que ela virá a se desenvolver. O meio externo pode influenciar ou não, pois são necessários os chamados gatilhos para desencadear a depressão. A natureza desses estímulos varia muito caso a caso, mas geralmente são traumas, vícios, situações de estresse e medicamentos, entre outros.

Outro ponto imprescindível ao falar da depressão são os 4 pilares da saúde, que idealmente devem estar sempre sendo bem cuidados.

Um aspecto também interessante nas causas da depressão é o comportamento desses fatores em mulheres. Estudo da Fundação Oswaldo Cruz, publicado pelo Journal of Affective Disorders, mostrou um dado importante: no Brasil, mais de uma mulher a cada quatro apresenta sinais de depressão em um intervalo de 6 a 18 meses após o nascimento do bebê.

Esse é um fator muito relevante de atenção tanto para mulheres, que devem se manter atentas e informadas junto de profissionais de saúde, quanto para as pessoas da rede de apoio de puérperas.

Como saber se estou com depressão

Além de surgir por motivos diversos, a depressão também tem manifestações diferentes. Cada pessoa pode vivenciar um conjunto específico de sintomas, sendo os mais comuns cansaço, melancolia, falta de esperança, desespero, perda de interesse em atividades antes consideradas interessantes, entre outros.

A intensidade dos sinais também varia muito. Em alguns casos, as pessoas comunicam um sentimento de desânimo permanente durante meses ou até anos. Em casos mais graves, há a persistência de pensamentos de que a vida não vale mais a pena. Seja como for, a depressão deve ser diagnosticada e tratada independentemente da intensidade dos sintomas.

Quanto antes a busca por ajuda e tratamento acontece, melhor. A progressão da depressão costuma ser sorrateira, incapacitando os pacientes de maneira discreta. Por isso, se perceber algum sinal em você ou em alguém próximo, o aconselhamento é sempre buscar apoio médico.

Para orientar a autoavaliação, estamos disponibilizando um teste de depressão on-line e rápido. A partir de perguntas simples, você recebe um score que avalia a sua saúde mental. Você pode fazer agora.

REALIZAR O TESTE DE DEPRESSÃO

Atenção: esse teste não elimina a necessidade de diagnóstico médico. As informações são baseadas no Questionário de Saúde do Paciente (Patient Health Questionnaire-9 – PHQ-9).

Conhecendo os tratamentos de depressão

Com o avanço das pesquisas sobre depressão e saúde mental, a medicina progrediu muito nesses campos, trazendo opções diversas para tratar essa patologia. As alternativas podem variar, indo desde medicação controlada até soluções não farmacológicas.

Como já deve ter ficado claro, o primeiro passo quando o assunto é depressão é sempre conversar com um médico. Assim, o profissional poderá identificar a intensidade desse distúrbio psiquiátrico e formular um tratamento específico, o mais apropriado possível para o caso em questão.

É importante se desvincular de alguns tabus relacionados ao tratamento da depressão. Muitas pessoas, por exemplo, acreditam que é impossível realizar o tratamento sem remédios e não procuram ajuda. Nem sempre isso é verdade, mas, em algumas situações, o apoio de antidepressivos é essencial para a recuperação do paciente.

Além disso, há também as frentes terapêuticas, constituídas de muitas abordagens psicológicas. Entre elas, vale citar a psicanálise, a terapia ocupacional e a terapia cognitivo-comportamental. Os profissionais de saúde mental irão lidar com os gatilhos relacionados à depressão.

A relação entre depressão e qualidade de vida

Diversos hábitos individuais de cada pessoa se relacionam de maneira delicada com o quadro depressivo. É complexo ainda para a ciência estabelecer um consenso absoluto sobre como o modo de vida e essa patologia se relacionam, mas é fato que existem alguns pontos de conexão.

Esportes e atividades físicas são reconhecidamente importantes na liberação de endorfina, hormônio responsável pela euforia natural. Esse é um exemplo, portanto, de como certos hábitos são valiosos para combater a depressão.

Veja, a seguir, outros hábitos que se relacionam com esse distúrbio psiquiátrico.

1. Alimentação e hidratação: o nosso estado mental, bem como o funcionamento padrão do cérebro, é altamente influenciado pelos nutrientes que colocamos em nosso organismo. Garantir que nossas funções fisiológicas estejam funcionando corretamente é essencial para prevenir diversas doenças. Para saber mais sobre esse assunto, leia nosso texto sobre alimentação saudável.

2. Sono adequado: o sono é uma ferramenta importantíssima para regular nossa mente. Assim, sabe-se que é importante dormir bem para ter bem-estar. Existem várias maneiras de melhorar seu sono, como ter uma rotina de horários para acordar e dormir, além de não utilizar telas antes do horário de ir para cama. Nós temos um texto completo sobre higienização do sono, caso queira entender melhor.

3. Atividade física: as já mencionadas atividades físicas são importantes aliadas no caminho contra a depressão. Independentemente de qual seja, sinta-se livre para escolher alguma que pareça divertida e seja fácil para você manter o hábito vivo. Pode ser academia, arte marcial, corrida, qualquer coisa que faça seu corpo se mexer.

4. Álcool e nicotina: o uso de tabaco e álcool em excesso podem afetar diretamente sua qualidade de vida e longevidade. Portanto, evite o consumo dessas substâncias. No caso do cigarro, o ideal é parar com o uso.

5. Situações estressantes: seja para o corpo, seja para a mente, sobrecargas nunca são benéficas. O estresse do dia é um inimigo poderoso e, por isso, é essencial saber como lidar com ele. Desenvolver algum hobby é uma alternativa muito popular, bem como a utilização de aplicativos de meditação guiada. Outra alternativa popular são as práticas corporais alternativas.

Essas são as informações e o teste de depressão que preparamos para você poder compartilhar bem-estar para si e para as pessoas que ama!

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