Máscaras contra o coronavírus: uso e eficácia

Das máscaras caseiras às profissionais, todos buscam os melhores resultados na proteção contra o novo coronavírus.

Publicado por administrator

27 de maio de 2020

Desde a identificação do coronavírus, o uso das máscaras de proteção já vem sendo amplamente recomendado por instituições como a Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Ministério da Saúde do Brasil. 

Desde lá, houve diversas modificações nessas recomendações, conforme as formas de contágio foram sendo estudadas mais aprofundadamente. 

Existem diversos modelos disponíveis no mercado e já se sabe quão essencial se tornou o item em diversas ocasiões. Enquanto a demanda pelo equipamento continua crescendo, é necessário que você saiba qual, por que e quando usá-las.

Neste texto, vamos abordar os seguintes tópicos.  

Como as máscaras contra a covid-19 funcionam e quem deve utilizá-las?

Nesse cenário, é preciso compreender as boas práticas e como funcionam efetivamente as máscaras de proteção. No início da pandemia ainda recomendava-se a utilização de máscaras caseiras pela praticidade, pela falta de acesso às de material cirúrgico (devido à alta demanda e ao preço), e por ser algo que ainda estava sendo estudado, inclusive as formas de transmissão do coronavírus.

Hoje, já sabemos que as melhores opções são as que vedam muito bem o rosto e que têm pelo menos 3 camadas. Segundo a página Qual Máscaracriada exclusivamente para divulgar informações baseadas em evidências sobre a utilização das máscaras de proteção, hoje as máscaras ideais para uso na maioria das ocasiões são os modelos PFF2 e N95.

 Sabendo que boa parte da transmissão da Covid-19 é por aerossóis (partículas suspensas no ar), esses modelos são considerados os mais seguros, para quem deseja se proteger (filtra o ar e não permite que o vírus entre). Para quem está infectado, é suficiente colocar uma máscara cirúrgica para minimizar o risco de transmissão.

 Quanto à escassez dee tipo de material, a Associação Nacional da Indústria de Material de Segurança e Proteção ao Trabalho afirma que o setor tem condições de atender à alta demanda do material. Além disso, hoje é possível encontrar esses modelos na internet por um valor bem baixo, entre R$ 4 e R$ 10.

 Você deve ficar atento também ao selo do Inmetro, que precisa estar presente na embalagem ou na máscara, comprovando que ela foi certificada.

 Ainda como outra opção mais em conta e segura, o uso das máscaras cirúrgicas também é recomendado por ter um sistema de filtragem mais eficaz.

 O uso das máscaras com válvula NÃO é recomendado, pois a mesma não permite a filtragem na saída. Logo, se você estiver contaminado, não protege quem está perto de você.

 Lembrando que tanto a N95/PFF2 como as máscaras cirúrgicas não podem ser lavadas nem limpas com álcool. A forma correta de limpeza é deixá-la ao ar livre ou acondicionadas em saco de papel por 7 dias, para que o vírus seja inativado. 

 Se você não tiver a opção da utilização de nenhum desses três modelos, é recomendado que utilize as de pano com três camadas e o menor número de costuras possível na frente, cobrindo muito bem seu nariz e boca, e que possam ser descartadas após 30 lavagens. Nesse caso, as máscaras de tricô também não devem ser utilizadas, pois, apesar de serem esteticamente agradáveis, não possuem o tipo de filtragem necessária.

 Outro ponto importante a ser ressaltado é que você NÃO deve usar nenhuma outra máscara por baixo de uma máscara profissional, como as N95/PFF2/Cirúrgica, pois isso impede que a máscara vede corretamente, fazendo com que ela não consiga cumprir 100% o seu papel.

 É importante que TODAS as pessoas (inclusive as já vacinadas com duas doses – quando é o caso) utilizem máscaras quando houver contato com outra pessoa. O uso correto das máscaras de proteção contra a Covid-19 protegerá você e quem estiver ao seu redor da contaminação. Por isso é tão importante que todos tenham essa consciência. 

 

 

A máscara ajuda, mas não é a solução 

Antes de tudo é preciso deixar claro que máscaras são itens essenciais quando for necessário sair de casa. Com tudo o que sabemos sobre o coronavírus, deve-se adotar os métodos de prevenção descritos a seguir:

– evite aglomerações e saia de casa o mínimo possível; 

– mantenha-se no mínimo a 2 metros de outras pessoas quando em público; 

– higienize as mãos frequentemente com água e sabão ou álcool em gel 70%; 

– limpe as superfícies e os objetos utilizados frequentemente. 
Testando os materiais mais eficazes e entendendo porque a máscara profissional é mais segura

Conforme já citamos, especialistas vêm pesquisando sobre os melhores materiais para máscaras de proteção desde os tempos da Influenza (pandemia de H1N1). Para entender um pouco melhor, buscamos informações sobre o assunto para você.

Esse é o caso de um estudo recente, feito por uma equipe de pesquisadores da USP e do Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen), que realizou uma pesquisa com os materiais comuns das máscaras usadas pelos brasileiros. 

Conforme constatado, nota-se que o brasileiro ainda utiliza muito as máscaras de tecido, que têm baixo poder de proteção, ficando entre 20% e 60% de FQ (Fator de Qualidade), enquanto as mais eficazes contra o vírus são as N95 e PFF2 (chegam a 98% de FQ). Dessa forma, as de tecido devem ser usadas apenas em último caso, quando não há a possibilidade de utilizar uma profissional, e sempre com um clipe nasal para auxiliar na vedação.

Quando falamos de ambientes, dê preferência para as de tecido somente em locais abertos e com alta ventilação, como caminhadas ao livre. Já para ambientes hospitalares, locais fechados, ônibus e aviões o uso das máscaras profissionais é essencial. Caso não seja possível, certifique-se de utilizar uma de tecido com três camadas muito bem vedada. 

 

>>Leia também: Vacina da gripe: quem deve tomar?

 

Se eu não tiver condições para adquirir uma máscara profissional, como posso escolher uma de tecido que me proteja melhor?

Se você não tiver acesso à máscara profissional, temos algumas dicas para você escolher o melhor tipo de uma de tecido para se proteger. Confira!

  • Verifique se o tecido não é transparente ou se estica demais. Dessa forma, a malha do tecido pode abrir muito quando colocada no rosto, prejudicando a vedação.
  • Prefira máscaras com menos costura possível. Os furos feitos pela agulha podem também prejudicar a vedação.
  • Procure por máscaras em que o elástico vá atrás da cabeça e não atrás das orelhas. Essa forma de utilização ajuda a vedar melhor.
  • Note se, quando você respira, sai ar por cima ou pelos lados. Caso aconteça, a máscara não está vedando direito. Isso pode ser resolvido costurando um clipe nasal onde a máscara fica no nariz, ajudando na vedação e auxiliando quem utiliza óculos para não embaçá-los.
  • Se possível, utilize uma máscara cirúrgica por baixo da sua de tecido, mas nunca ao contrário. 

 

Como cuidar da sua máscara

Depois de comprar sua máscara PFF2/N95 cirúrgica ou máscara de pano, é hora de aprender a usá-la de forma segura. Como as máscaras retêm partículas contaminantes, todas devem ser manuseadas com cuidado, higienizadas corretamente e seguir esse pequeno guia de boas práticas detalhado a seguir.   

  • Antes de qualquer procedimento com a máscara, lave bem as mãos.
  • Nunca saia de casa sem a máscara. De preferência, ande sempre com duas e leve uma sacola plástica para guardar a máscara suja.
  • A máscara de tecido possui tempo de uso máximo de 3 horas e deve ser trocada após esse período, devido à umidade produzida pela respiração.
  • Certifique-se de que a máscara está selando corretamente o rosto, sem aberturas. O uso de esparadrapos e até óculos pode ajudar na fixação da máscara na região do nariz.
  • Ao chegar em casa, siga essa ordem: lave bem as mãos e só então remova a máscara. Retire a máscara pelo elástico ou laço na parte traseira. 
  • Lave as mãos novamente após removê-las. As partículas virais filtradas pela máscara ficam aderidas à sua face externa e essa superfície é potencialmente contaminada. Realize a lavagem com água e sabão em casos de máscaras de tecido, enxaguando com água corrente. Lembrando que nesses casos devem ser descartadas após 30 lavagens.
  • Nunca utilize a máscara se ela estiver úmida ou suja.
  • Se notar qualquer desgaste no tecido, descarte-a.
  • Para PFF2/N95 e cirúrgicas, você NUNCA deve lavá-las ou limpá-las com álcool. O jeito correto de fazer a higienização é deixá-las ao ar livre ou em saco de papel por de 5 a 7 dias para que o vírus, caso esteja presente na máscara, seja desativado.
  • Se puder, tenha uma máscara N95/PFF2/cirúrgica para cada dia da semana. Dessa forma você respeita o tempo de descontaminação de cada uma. 

 

Como vimos, máscaras profissionais hoje são as melhores ferramentas para a sua proteção, mas lembre-se: a forma mais eficaz de se manter seguro é combinar o uso das máscaras ao respeito às diretrizes de isolamento e distanciamento social.

Por isso, mantenha-se em segurança e lave bem as mãos. Informe-se em canais de confiança e conte com a Omint para proteger você e sua família. Cliente dos planos médicos têm acesso ao Dr. Omint Digital, serviço de telemedicina que orienta sobre dúvidas e sintomas por videoconferência ou telefone. 

 

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