Principais doenças respiratórias no inverno: o que você precisa saber sobre elas
A chegada das estações mais frias do ano, principalmente o inverno, causa o aumento no número de casos de infecções e inflamações do sistema respiratório e até mesmo de obstrução das vias aéreas. Isso acontece sobretudo porque a baixa umidade do ar, somada às alterações bruscas de temperatura, leva à alta concentração de poluentes na atmosfera, reduzindo o mecanismo de defesa do organismo.
Dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) apontam que as doenças respiratórias e alergias atingem, respectivamente, cerca de 25% e 30% da população mundial. Neste artigo, vamos explorar o que são essas doenças, quais as mais comuns, suas causas, sintomas e como evitá-las. Confira!
Doenças respiratórias: o que são?
As patologias respiratórias, como o próprio nome indica, afetam o aparelho respiratório. Isso inclui vias nasais, laringe, faringe, traqueia, brônquios, diafragma, alvéolos e pulmão. São causadas por fatores genéticos ou externos, conforme iremos mostrar ao longo do texto.
O quadro da doença pode ser agudo ou crônico, dependendo do tempo de duração e de tratamento.
Agudo: surge rapidamente e dura menos de três meses. O período de tratamento também é curto.
Crônico: tem início gradual e se prolonga por mais de três meses, podendo acompanhar o paciente pelo resto da vida. Necessita de tratamento por longos períodos.
É importante se atentar aos sintomas e receber os cuidados médicos corretos para evitar que esse quadro se agrave.
Quais as doenças respiratórias mais comuns no Brasil?
Muitas vezes esses distúrbios apresentam sintomas semelhantes, o que acaba gerando confusão. Por isso, elencamos aqui os principais.
Doenças respiratórias crônicas
Asma: afeta os pequenos canais de ar dos pulmões, chamados bronquíolos. Quando inflamados, eles geram inchaço na região e dificultam a passagem de ar. Os principais sintomas das crises asmáticas são chiados no peito, dificuldade para respirar, fadiga, falta de ar e tosse sem catarro.
Pode ser causada por fatores hereditários ou ambientais. Para que a doença se manifeste no indivíduo, é necessário que haja pré-disposição genética e exposição a fatores como poluição e fumaça de cigarro.
>> Descubra aqui as principais informações que você precisa sobre a asma.
Doenças Pulmonares Obstrutivas Crônicas (DPOC): conjunto de doenças pulmonares como enfisema (inflamação que enfraquece os sacos alveolares) e bronquite crônica (inflamação dos brônquios) que bloqueia a passagem de ar para os pulmões. É uma das condições pulmonares mais sérias, por isso merece bastante atenção. Seus principais sintomas são tosse com catarro persistente há mais de três meses e falta de ar. As DPOC estão relacionadas ao tabagismo e à exposição prolongada a produtos químicos.
Rinite crônica: afeta a mucosa do nariz e pode ser alérgica ou não. A inflamação é desencadeada ou agravada diante do contato com alérgenos, como ácaros, partículas de poeira doméstica, fungos, pelos de animais e pólen. Perfume, fumaça de cigarro, clima seco e estresse emocional são outros fatores que podem desencadear a rinite. Coceira no nariz, coriza, espirros, nariz entupido e tosse seca estão entre os principais sintomas.
Sinusite crônica: é a inflamação dos seios da face, cavidades ósseas localizadas na região ao redor do nariz, maçãs do rosto e olhos, provocando inchaço e impedindo a drenagem do muco. Causada por processos infecciosos ou alérgicos, pode levar à obstrução das vias respiratórias por secreções esverdeadas ou amareladas, o que dificulta a respiração. Os sintomas da sinusite crônica persistem por mais de três meses e envolvem dores na cabeça e na face, nariz entupido, dor de garganta, tosse e secreção nasal.
Tuberculose: causada pela bactéria bacilo de Koch, é altamente contagiosa e afeta o pulmão. Dependendo da gravidade, pode chegar aos rins, aos ossos e até mesmo ao coração. Os principais sintomas da doença são tosse há mais de três semanas, tosse com sangue, febre, suor noturno, dor para respirar, falta de ar e perda de peso. Há casos em que a pessoa está infectada, mas não apresenta sintomas.
Doenças respiratórias agudas
Bronquite aguda: assim como a bronquite crônica, acontece com a inflamação dos brônquios. Causada por vírus, tem menor duração e seus sintomas se confundem com os de gripe e resfriado, como coriza, febre e tosse.
Covid-19: causada pelo vírus SARS-CoV-2, pode levar à manifestação de sintomas até 14 dias após a infecção. Após as vacinas, os sintomas de Covid se apresentam como cansaço, coriza, diarreia, dor de garganta, dor de cabeça, dores musculares, dor abdominal, espirros, falta de ar e febre. Pode haver perda de paladar e olfato.
>> Aqui você tem mais informações sobre o coronavírus.
Gripe: bastante conhecida, é uma doença causada pelo vírus influenza e tem início rápido. Coriza, dor de cabeça, dor de garganta, dores nas articulações e músculos, febre e mal-estar geral são os sintomas mais comuns e tendem a desaparecer entre 7 e 10 dias.
Faringite: é uma inflamação da faringe, região do fundo da garganta responsável por conectar o nariz e a boca à laringe e ao esôfago, e pode ser causada por bactéria ou vírus. Seus principais sintomas são: febre, dificuldade para engolir e dor de garganta.
Laringite: inflamação da laringe, órgão que conecta a faringe à traqueia. Pode ser provocada por uma infecção viral das vias aéreas superiores, excesso de esforço vocal ou inalação de alérgenos. Causa rouquidão na voz e pode levar a tosse e dor de garganta.
Pneumonia: infecção que atinge os alvéolos pulmonares e pode afetar um ou os dois pulmões. É causada por vírus, bactérias, fungos ou reações alérgicas. Os sintomas variam de pessoa para pessoa, mas pode-se observar febre alta, calafrios, dor torácica, falta de ar, tosse com catarro e mal-estar.
Síndrome do Desconforto Respiratório Agudo (SDRA): é resultado do acúmulo de líquido nos alvéolos pulmonares, o que compromete a oxigenação sanguínea. Acomete principalmente pacientes com doenças pulmonares muito avançadas e hospitalizados. Pode surgir também em vítimas de acidentes graves como afogamento ou em pessoas que tenham sofrido ferimentos na região do tórax ou inalação de gases tóxicos. Causa falta de ar intensa e pode impossibilitar a respiração sem a ajuda de equipamentos hospitalares.
Vale lembrar que doenças respiratórias agudas podem evoluir para quadros crônicos se não receberem o tratamento adequado.
Confira em vídeo sobre detalhes do contato com o vírus da gripe:
Por que há maior incidência dessas patologias no inverno?
Durante o outono e o inverno, ocorre a inversão térmica, ou seja, uma camada de ar frio mais pesada desce à superfície, aumentando a retenção de poluentes. O ar frio também é um fator irritante para as vias aéreas, o que leva a sintomas alérgicos como coriza e falta de ar. Esse cenário, junto às oscilações bruscas de temperatura, favorece a maior circulação de vírus e bactérias, influenciando a proliferação de doenças respiratórias agudas e crônicas.
Como prevenir essas doenças?
Ao longo do texto vimos que determinados fatores podem contribuir para o desencadeamento de problemas no sistema respiratório. Mesmo os quadros crônicos permitem que o paciente leve uma vida normal, desde que se tome os devidos cuidados. Algumas atitudes simples, elencadas abaixo, podem ajudar você a se proteger e se prevenir.
Lave bem as mãos: a higienização correta e constante das mãos é essencial para eliminar contaminantes e agentes alérgicos que poderiam entrar em contato com boca, olhos e nariz, facilitando a transmissão de doenças.
Hidrate-se: a ingestão de bastante água ajuda a manter a hidratação do organismo e é uma forma de prevenção contra gripes, resfriados e alergias.
Evite inspirar pela boca: o nariz funciona como um grande filtro de impurezas e é responsável por aquecer o oxigênio, assim evita a ação de substâncias nocivas à saúde.
Alimente-se bem: a queda na imunidade facilita o contágio por doenças respiratórias. Para aumentar a imunidade, uma boa alimentação é sua melhor aliada. Invista em frutas, vegetais, sementes e frutos secos. Alho e gengibre também são interessantes de serem incorporados na dieta.
Mantenha os ambientes arejados: janelas abertas ajudam na circulação e na renovação do ar, reduzindo a presença de vírus e bactérias que ficariam concentrados em ambientes pouco ventilados. Não se esqueça também de que a limpeza constante da casa é essencial para evitar o acúmulo de poeira e eliminar ácaros, que são causadores de várias doenças respiratórias alérgicas;
Atente-se à umidade do ar: ar com pouca umidade resseca as mucosas, facilitando a entrada e a proliferação de micro-organismos. Por isso, utilize baldes de água, umidificadores ou vaporizadores para manter as vias aéreas hidratadas.
Insira a lavagem nasal na sua rotina: feita com soro fisiológico, a lavagem garante que ele esteja sempre limpo, eliminando bactérias ou outros agentes invasores;
Atualize sua carteira de vacinação: as vacinas atuam na prevenção e amenização de infecções respiratórias como gripe, Covid-19 e pneumonia.
Agora que você já sabe mais sobre as doenças respiratórias, é importante relembrar a importância de procurar um médico logo que os sintomas se manifestarem. Assim o especialista irá investigar o caso, realizar exames físicos, laboratoriais e imagéticos para realizar o diagnóstico e recomendar o melhor tratamento.
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Queda de cabelo: conheça as principais causas e tratamentos
Perder os fios de cabelo é um processo natural do nosso corpo, mas pode se tornar um problema se isso acontecer em excesso, causando até mesmo baixa autoestima. Você já passou por esse problema? Vamos conferir um pouco sobre o que é , quais as principais causas e quando você deve buscar ajuda. Acompanhe o texto até o final e tire suas dúvidas!
Por que o nosso cabelo cai?
Sinal de cabelo caindo pode ser um alerta, mas nem sempre pode estar ligado a algum tipo de problema. Todos os dias há uma queda normal de mais ou menos 60 a 100 fios, e isso é completamente normal.
Aquele cabelo que sai na sua escova ou durante o banho não deve ser uma preocupação se não estiver em grande volume. É um processo fisiológico, pois no couro cabeludo há fios novos, em crescimento e os que vão acabar eventualmente caindo, como forma de renovação e substituição – como outras células da nossa pele, por exemplo.
A queda capilar ainda pode ser chamada por alopecia, que é exatamente a condição da perda de fios de cabelos (ou até mesmo pelos), que pode ser classificada em alguns tipos. Vamos conferir mais abaixo neste texto.
Quais são os motivos da queda de cabelo?
Avaliar a queda capilar pode ser mais difícil do que parece. Existem diversas causas para que ela se acentue, como:
– estresse;
– problemas genéticos;
– realização de cirurgias;
– desequilíbrios hormonais;
– envelhecimento;
– falta de vitaminas e minerais.
Além disso, pessoas que fazem tratamentos de saúde como quimioterapia ou utilizam muitos produtos químicos no cabelo, também podem apresentar queda mais severa.
Para que a gente consiga visualizar melhor cada situação, vamos checar as principais causas mais a fundo.
1. Estresse
O estresse em excesso pode ser hoje um dos fatores mais comuns para a queda acentuada de cabelo. O excesso de tarefas com as quais as pessoas precisam lidar ao mesmo tempo pode levar a uma jornada dupla ou tripla de trabalho, e isso acaba levando a um quadro de exaustão que aumenta os níveis de cortisol no sangue, afetando a absorção de nutrientes e, logo, o ciclo capilar.
Ainda dentro desse espectro, podemos citar que doenças muito graves, cirurgias, como cirurgia plástica ou parto, mudanças hormonais drásticas e outros eventos de muito impacto também podem elevar o nível de estresse, causando a queda em maior volume.
Nesses casos, é possível observar a mudança na queda dois ou três meses após o evento. Por isso, é importante ficar atento.
2. Fatores hereditários
A queda capilar também pode ser genética. Os genes causadores da queda são os mesmos em homens e mulheres, apesar de se manifestarem de formas diferentes. No homem, a queda pode ser mais visível, acontecer antes dos 35 anos e ainda de forma muito mais acelerada do que nas mulheres.
Alguns dados mostram que, se apenas um dos pais possui o problema, a chance do filho desenvolvê-lo é de 50%. Caso os dois sofram, esse número pode subir para 75%. Também é preciso levar em consideração a carga genética dos avós, que também podem influenciar.
Apesar de as chances serem altas, o fator genético não é a certeza de que a calvície acontecerá. Afinal, outros fatores podem influenciar, como hormônios e envelhecimento.
3. Utilização de alguns tipos de medicamentos
A queda capilar também pode estar interligada com a utilização de algumas classes de medicamento, como:
– anticoncepcionais;
– antidepressivos;
– ansiolíticos;
– estabilizadores de humor;
– remédios quimioterápicos.
A utilização dessas medicações pode influenciar no ciclo capilar, fazendo com que a queda fique mais acentuada também. Caso você tome algum tipo das medicações citadas, é interessante consultar o seu médico para saber os níveis de risco de cada uma delas, uma vez que podem agir de formas diferentes em cada pessoa, acentuando bastante a queda ou somente um pouco.
Alopecias podem ter causas diferentes
Apesar de o nome alopecia ser a descrição da condição da perda de cabelos, ou até mesmo pelos, ela possui classificações diferentes e pode acontecer por motivos diferentes também. Vamos ver!
Alopecia androgenética: é a calvície já citada anteriormente, que pode acometer homens e mulheres. Nas mulheres afeta mais a região central da cabeça, enquanto nos homens esse padrão acontece mais nas entradas e no topo.
Alopecia areata: nesse caso, é considerada uma doença autoimune, pois as próprias células de defesa atacam as células dos folículos capilares, causando falhas em formatos arredondados na cabeça.
Ainda existem outros tipos de alopecia, mas podem ser mais raras.
Quais os tratamentos para queda de cabelo?
Até agora, você conferiu as principais causas de queda de cabelo e alguns nomes para classificar os tipos de alopecia. Para começarmos a falar de tratamentos, a primeira coisa a ser feita é descobrir o tipo de alopecia que você possui e quais são as possíveis causas.
É essencial que você busque por um dermatologista ou tricologista, médico especializado para tratar a saúde do cabelo, para que ele indique qual a melhor opção de tratamento para você.
Vale ressaltar que mesmo para alopecias em que não há cura e são permanentes, existem tratamentos que auxiliam a minimizar a situação. Em alguns casos, podem ser usadas medicações e suplementos. Em casos mais graves, ainda é possível recorrer a implantes.
Buscar o tratamento o mais cedo possível também pode auxiliar na eficácia do mesmo.
É possível prevenir a queda de cabelo?
Quando há o fator genético, não há nada que se possa fazer em relação a isso. Em contrapartida, sabemos que nem somente o fator genético pode desencadear a calvície, pois outros hábitos também podem acabar influenciando na condição.
Além de contar com tratamentos que conseguem amenizar a condição, também é recomendado, por exemplo, evitar tratamentos capilares muito agressivos, para que não haja nenhum dano aos folículos capilares.
E não deixe faltar vitaminas e minerais em sua alimentação. Coma de forma balanceada e pratique exercícios físicos – uma recomendação que vale para você manter a sua saúde em geral.
Como eu sei que minha queda de cabelo é patológica?
O primeiro passo é sempre procurar um profissional capacitado para entender o seu problema. Mas, para que você chegue até isso, é necessário observar o comportamento da queda.
Porém, avaliar se a queda é excessiva ou não por algum dos fatores citados pode ser difícil pelo volume de cabelo, que pode variar muito. Por exemplo, é normal a queda entre 60 a 100 fios por dia, porém, em termos de volume, isso pode variar muito de quem tem um fio mais comprido para quem tem um fio mais curto. O ideal é observar se seu couro cabelo tem ficado com mais falhas ou se a queda está anormal, okay?
Para confirmar se há mesmo o diagnóstico de alopecia, procure sempre um profissional.
E aí, conseguiu entender um pouquinho melhor sobre como funciona essa condição? A Omint possui dermatologistas e tricologistas que podem auxiliar nesse problema caso você identifique que algo não está certo com a sua queda de cabelo.
Sendo temporária ou não, o tratamento é importante para que você melhore a sua qualidade de vida e mantenha a autoestima em dia. Cuide-se!
O que é o tabagismo?
O que é a doença de Parkinson?
Os 4 pilares da saúde e a importância de mantê-los em harmonia
Você pode achar que manter uma vida saudável tem sido cada vez mais difícil, e talvez realmente esteja certo. Com o avanço exponencial da tecnologia nos últimos anos, muitas situações quase não exigem esforço: comidas práticas e rápidas, acesso de carro para todos os lados, trabalho no escritório por pelo menos 8 horas por dia sem precisar se levantar.
Pode ser que estejamos falando exatamente da sua realidade, e o problema é que ela pode trazer consequências desagradáveis em curto, médio e longo prazo.
Quando falamos de saúde, precisamos entender que o termo abrange uma série de pilares da nossa vida, que precisam estar em equilíbrio para termos melhor qualidade de vida. Para falar mais sobre esse assunto e dar dicas práticas de como realmente colocá-las em prática, conversamos com o professor de Educação Física Márcio Atalla, especialista em Treinamento de Alto Rendimento e pós-graduado em Nutrição, e com o Dr. Nemi Sabeh Jr., coordenador médico da Seleção Brasileira Feminina de Futebol, cirurgião e médico credenciado Omint.
Neste artigo, vamos conferir:
O histórico tecnológico e as influências nos principais pilares da saúde
Se analisarmos a relação do homem com a atividade física da Pré-História até hoje, notamos que tudo que foi descoberto pelo homem surgiu da necessidade de favorecer algo. Isso pode parecer óbvio, mas possui relação direta com a realidade contemporânea.
A evolução da tecnologia nos trouxe para dias em que facilitamos tanto nosso cotidiano em alguns aspectos práticos que ficou difícil lembrar que o corpo necessita de movimento. Deixamos de subir escadas, andar longas distâncias, carregar peso, tudo isso porque temos meios que nos auxiliam com esse tipo de atividade e, sejamos sinceros, ninguém gosta de chegar suado aos lugares ou ter de fazer algum tipo de esforço muito puxado.
E, de fato, nosso cérebro foi programado para conseguir o máximo com o mínimo de esforço possível da forma mais confortável que estiver disponível. Com tudo isso, combinado com os recursos disponíveis hoje, já podemos identificar o primeiro problema: o sedentarismo.
Mas só a atividade física é responsável pela saúde? Não! Nossa saúde precisa ser entendida como um todo. Algumas outras necessidades do nosso corpo – chamadas de pilares – estão inteiramente interligadas e também necessitam de atenção para que a vida seja realmente saudável.
Dessa forma, podemos resumir os principais pilares da saúde em: exercícios físicos, alimentação, sono e saúde mental.
Você pode estar pensando que pelo menos um desses não está legal. Precisamos contar um segredo: é realmente difícil mantê-los em dia, mas não impossível!
A questão é que manter um estilo de vida mais saudável exige disciplina e esforço para que dê certo, e mudanças, principalmente drásticas, não podem ser feitas da noite para o dia. Falaremos mais sobre isso ao longo do texto.
Primeiramente, é importante que você entenda que saúde não é só sobre um desses pilares, e sim todos trabalhando em equilíbrio no seu ritmo.
A importância da atividade física como prevenção e bem-estar
Apesar de a prática regular de atividade física não ser a única responsável pela melhora da qualidade de vida, segundo o professor de Educação Física Márcio Atalla, ela é primordial para que as outras áreas também funcionem da forma correta. Vamos entender por quê.
Engana-se quem pensa que a prática da atividade física traz benefícios somente físicos. É claro que os benefícios de ganho de força, emagrecimento (se esse for o seu objetivo) e maior flexibilidade do corpo são realmente muito esperados e buscados, mas as vantagens vão muito além disso.
Quando praticamos exercício físico, a oxigenação no cérebro melhora consideravelmente e isso nos ajuda a pensar com mais clareza. Além disso, a liberação de hormônios que proporcionam prazer – como a endorfina e a serotonina – também são responsáveis por trazer bem-estar durante e após a atividade física.
Analisando isso em longo prazo e após conseguirmos com que isso vire uma rotina diária, podemos notar a melhora no humor e até mesmo mais facilidade para lidar com outras questões do cotidiano.
Se fosse fácil estabelecer em uma rotina diária de exercícios, todos faríamos sem maiores complicações. Porém, manter-se em movimento também implica esforço e dedicação.
“A maioria das pessoas busca por motivações para fazer exercício. A questão é entender que se exercitar é uma necessidade, e que, muitas vezes, não vamos encontrar motivação nenhuma para fazê-lo. É natural do nosso cérebro querer se manter em repouso. É necessário termos a consciência de que isso precisa ser aplicado em nosso dia a dia com sabedoria. Não adianta querer mudar tudo da noite para o dia”, afirma Marcio.
Ainda temos a ideia falha de que exercício físico precisa ser intenso, só pode ser feito na academia, além do desejo irreal de resultados imediatos.
Acredite: todo exercício conta! Você não precisa ir necessariamente à academia nem fazer um treino de atleta para sentir que está fazendo a diferença. Todos nós necessitamos de um tempo de adaptação para qualquer atividade que iniciamos, e com o exercício não seria diferente.
“O movimento livre é importante e, às vezes, pode contar mais do que a ida a academia. A troca do elevador pelas escadas e descer um ponto antes do destino final são pequenas ações no dia a dia que contam e muito! É importante lembrar que é apenas um pouco por dia, todos os dias, até que você adquira mais condicionamento físico e possa passar para um próximo passo. Precisamos lembrar que começar a ter um estilo de vida mais saudável é um processo e acontece lentamente, cada um no seu ritmo”, reforça Marcio.
Até aqui você já deve ter entendido que praticar atividades físicas é importante, mas exige esforço e dedicação. Por isso, vamos levantar mais um benefício de se exercitar: o bem-estar geral e a prevenção de doenças futuras.
Quando você se mantém ativo, conserva os níveis de colesterol no sangue mais baixos e controla melhor o peso. Só com esses dois benefícios, fica bem mais fácil evitar doenças como diabetes e hipertensão.
Por isso é sempre importante reforçar: prevenir é sempre o melhor caminho.
Mantendo o equilíbrio: movimento e calmaria na mesma proporção
Como já vimos até aqui, sabemos que o exercício físico é primordial para a saúde e o bem-estar. Mas não dá pra se exercitar o tempo todo: o corpo também precisa de descanso.
Durante a atividade física, movimentamos o corpo, liberamos hormônios responsáveis pelo prazer e bem-estar, e colocamos nossas estruturas para funcionar. Do outro lado, temos o tempo de descanso, a calmaria, aquele momento para nos desconectarmos de tudo e colocar a cabeça no lugar. Dessa forma, encontramos o equilíbrio ideal.
Um fator importante e presente em ambos momentos é a respiração. Durante o exercício, oxigenamos o cérebro e durante o descanso, também! Por isso a prática da meditação pode auxiliar nesse momento.
“O oxigênio para o cérebro funciona como um alimento prazeroso. É ele o responsável por nos ajudar a pensar melhor, fazer com o que o nosso cérebro funcione, oxigenando nossos neurônios”, afirma Dr. Nemi.
Por isso, equilíbrio é tudo! Assim como o corpo, a mente também se cansa, e momentos de relaxamento são essenciais para combater a ansiedade e o estresse.
Quando falamos em descanso, não estamos nos referindo somente a grandes períodos de tempo. Durante o seu dia a dia, tire alguns minutos para respirar fundo, fechar os olhos, tentar apenas deixar os pensamentos passarem, focar apenas na respiração.
Como as empresas podem auxiliar na melhora da qualidade de vida no trabalho
Sabemos que a realidade da maioria das pessoas é não ter muito tempo além do trabalho. Por isso, as empresas têm de entender que o hábito de se movimentar e descansar também precisa ser adotado dentro das próprias organizações, motivando o funcionário de alguma forma.
A empresa pode propor alguns minutos durante o expediente para que o colaborador se levante para se alongar, troque apenas um lance de escadas uma vez ao dia, ou ainda propor programas para a prática de esportes.
Pode-se também sugerir pequenos minutos de meditação. E não pense que isso é algo muito mirabolante: estamos falando apenas de parar o que se está fazendo, fechar os olhos e focar na respiração. Isso pode ser feito em poucos minutos várias vezes ao dia.
Essas movimentações e paradas garantem mais bem-estar ao colaborador e torna o dia a dia mais prazeroso e produtivo.
Alimentação e sono em dia
Até aqui, falamos muito da importância do exercício físico e do descanso, mas, como citamos, existem outros pilares que também precisam de atenção. Até porque é impossível que você se exercite sem se alimentar ou dormir bem, não é mesmo?
Pois é, a alimentação tem o papel de nos dar energia para realizarmos todas as nossas outras atividades cotidianas. Ela é nosso combustível e deve ser prazerosa.
Nosso corpo tende a armazenar gordura e sabemos quanto é difícil resistir a comidas que não são tão saudáveis assim. Outras vezes reconhecermos que já estamos satisfeitos, mas parece que o corpo sempre quer mais.
Mas não queira mudar totalmente a alimentação da noite para o dia ou ficar restringindo alimentos. A chance de falha e frustração nesse cenário é muito grande.
“Não adianta você reduzir drasticamente o consumo de calorias ou começar a cortar alimentos do nada. É preciso um preparo e existe um processo. Tente reduzir as coisas aos poucos. Quando já estiver adaptado àquilo, mude mais um pouco. Sempre em pequenos passos para que você possa conseguir o mais importante: constância”, reforça Marcio.
Além disso, dietas da moda e chás emagrecedores são apenas uma distração. Você não precisa de nenhum alimento caro e muito diferente do que já está habituado a comer. “Arroz, feijão, proteína e salada funcionam muito bem. Não é preciso nada demais para uma alimentação saudável e engana-se quem pensa dessa forma. Coma o mais natural possível e respeite a sua saciedade”, orienta Márcio
Outro pilar importante para uma vida mais saudável é o sono. É durante uma noite bem dormida que fazemos a limpeza do que não nos serve mais e nos preparamos para viver o dia seguinte.
Sem um sono de qualidade, você vai se sentir cansado, indisposto, irritado e, em casos mais sérios, até mesmo mais angustiado.
Por isso, se você não tem dormido direito, procure identificar quais travas estão impedindo que tenha sono de qualidade. Tente sempre praticar a higienização do sono.
Por último e não menos importante: cuide da sua saúde mental. Sabemos que, se os outros pilares citados até estiverem em equilíbrio, certamente você poderá ter melhora efetiva na sua saúde mental porque tudo interligado.
Mas sabemos que pode não ser tão simples assim. Então fique atento aos sinais! Não se esqueça de que descanso e lazer também fazem parte de uma vida saudável, além de beneficiarem a saúde mental.
Aproveite os momentos em que você sente prazer e não se sinta culpado por relaxar quando se sentir cansado, okay? Quer apenas se deitar e não fazer nada? Está tudo certo! Afinal, você não precisa ser produtivo o tempo todo.
Quais as melhores dicas para manter uma vida mais saudável?
1. Entenda os pilares como benefícios para o seu corpo e não se cobre tanto. Comece devagar e entenda que a evolução vem com o tempo.
2. A criação de um hábito realmente demora. Por isso, inclua um pouquinho de melhora todos os dias até que você atinja seu objetivo.
3. Procure por profissionais sérios e capacitados para auxiliar você no processo: eles poderão ser guias para o seu processo. Dispense quem oferecer soluções fáceis e mágicas.
4. Hidrate-se! Nosso corpo é composto a maior parte por água e a hidratação é fundamental em todos os processos do seu organismo.
5. Inclua pelo menos uma fibra em todas as suas refeições. Elas auxiliam no funcionamento do seu intestino e fazem bem à saúde.
6. Acima de tudo, respeite seus limites! Cada um possui um ritmo e o desenvolvimento é individual.
Encontre aquilo que funciona melhor para você.
Você também pode conferir melhor qual a relação entre esses pilares neste vídeo:
E aí, está se sentindo mais animado para mudar seus hábitos? Comece hoje mesmo e orgulhe-se de você no futuro!