O que é o colesterol e como ele atua no nosso corpo?

Confira como o acompanhamento periódico da concentração da gordura no sangue pode reduzir complicações cardiovasculares.

Publicado por administrator

20 de junho de 2023

Visto por muitos como um dos grandes vilões da nossa saúde, o colesterol é essencial para o funcionamento do nosso organismo. Mas, para que sua atuação seja benéfica, seus níveis devem estar sempre controlados.  

Vamos entender a função do colesterol no nosso corpo, como ele vira um risco e como os exames preventivos se tornam grandes aliados no controle desse tipo de gordura?  

 

Neste texto iremos falar sobre: 

Colesterol e a importância para o organismo
Diferentes tipos de colesterol
Quando o colesterol passa a ser um risco para a saúde?
Conheça e acompanhe os níveis de colesterol com exames sanguíneos
Fatores de risco para o aumento de “colesterol ruim” no sangue
Sintomas da hipercolesterolemia
A prevenção é o melhor caminho
Com que frequência se deve realizar exames preventivos?
Colesterol alto tem tratamento?

 

Preparado para entender mais sobre o colesterol? Então continue a leitura! 

 

Colesterol e a importância para o organismo 

Você sabia que o colesterol é encontrado naturalmente no nosso corpo? Cerca de 70% do colesterol que circula no nosso organismo é produzido no fígado, liberado na corrente sanguínea e distribuído para os tecidos, para ser utilizado ou acumulado na camada de gordura que temos abaixo da pele, o tecido adiposo. Os 30% restantes são adquiridos pela alimentação. 

O colesterol é essencial para o bom funcionamento do corpo, pois deixa a parede das células mais fluidas, permitindo a entrada de nutrientes e a saída de excretos. É um elemento fundamental das nossas membranas celulares e faz parte da estrutura das células do cérebro, do fígado, do intestino, da pele, dos músculos e do coração.  

A molécula dessa gordura é também importante para a produção de hormônios sexuais, como a progesterona, a testosterona e o estrogênio.  

Os hormônios ligados ao aumento da glicemia e da pressão sanguínea, o cortisol e a aldosterona – importantes para o processo metabólico – também são derivados dele. O colesterol é também precursor da vitamina D, o que o torna imprescindível para o metabolismo do cálcio, e dos ácidos biliares, que nos ajudam na digestão de gorduras que ingerimos.  

 

Diferentes tipos de colesterol 

Embora tenham a mesma composição, existem três tipos de colesterol. O que muda é como ele é transportado pelo sangue, ou seja, a lipoproteína à qual ele está associado.  

– HDL (sigla em inglês para lipoproteína de alta densidade): a combinação de colesterol e lipoproteínas de alta densidade é chamada de HDL. Considerado o colesterol “bom”, ajuda a remover o colesterol dos tecidos periféricos para ser eliminado pelo fígado. Dessa forma auxilia a evitar a obstrução das artérias.  

– LDL (sigla em inglês para lipoproteína de baixa densidade): já o colesterol combinado às lipoproteínas de baixa densidade é o LDL. Conhecido como o colesterol “ruim”, ele pode se depositar nas paredes das artérias se estiver em excesso, criando placas de gordura que tendem a obstruir os vasos sanguíneos e dificultar o fluxo de sangue para órgãos essenciais como cérebro e coração. Junto com o HDL, são os dois principais tipos de colesterol analisados. 

– VLDL (sigla em inglês para lipoproteína de densidade muito baixa): quando atrelado às lipoproteínas de densidade muito baixa, provenientes do fígado, o colesterol é chamado de VLDL e, também, é tido como “mau”. Ele transporta mais triglicérides (outro tipo de gordura presente no sangue) do que outros tipos de colesterol pela corrente sanguínea, porém, assim como o LDL, pode entupir as artérias se estiver em níveis muito altos.  

Quando o colesterol passa a ser um risco para a saúde? 

Se o colesterol é necessário para o bom funcionamento do organismo, como ele se torna um perigo?  

Quando há excesso de colesterol LDL, a hipercolesterolemia, existe grande risco de se acumular e incrustar na parede das artérias, formando placas que obstruem ou impedem a passagem de sangue. Hoje, o quadro de colesterol elevado acomete 40% da população adulta e cerca de 20% das crianças e adolescentes no Brasil, de acordo com a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC). 

A alta concentração de colesterol e a consequente obstrução das artérias é uma das principais causas de doenças cardiovasculares, como angina, infarto e acidente vascular cerebral (AVC), que podem inclusive levar a óbito. Tais doenças são, inclusive, responsáveis por aproximadamente 400 mil mortes por ano no País, o que corresponde a cerca de 30% de todas osos os falecimentos.  

Abaixo, você confere a tabela com as chances de desenvolvimento de doenças cardiovasculares de acordo com cada tipo de colesterol. 

 

Conheça e acompanhe os níveis de colesterol com exames sanguíneos 

O colesterol alto é silencioso e muitas vezes não apresenta sintomas. Por isso, é de extrema importância realizar exames periódicos e acompanhamentos médicos. 

O colesterol total corresponde à soma dos colesteróis mencionados anteriormente. Seu valor não deve ultrapassar 190 mg/dl para ser considerado normal – esse índice é válido tanto para homens quanto para mulheres. 

Abaixo você vê os valores de referência para cada um dos tipos, de acordo com a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC). 

É importante lembrar que a SBC não diferencia valores ideais do colesterol total, HDL e triglicérides entre pessoas de baixo, médio ou alto risco.  

Colesterol total: até 190 mg/dl
HDL: acima de 40mg/dl 

Triglicérides: abaixo de 150 mg/dl 

Já os valores máximos de LDL são estabelecidos de acordo com o grau de risco do paciente: 

Risco baixo: abaixo de 130 mg/dl 

Risco intermediário: abaixo de 100 mg/dl 

Risco alto: abaixo de 70 mg/dl 

 

Fatores de risco para o aumento de “colesterol ruim” no sangue 

Alguns aspectos contribuem para o acúmulo de LDL no sangue. São eles: 

  • histórico familiar e origem genética; 
  • sedentarismo; 
  • comorbidades (diabetes, obesidade e hipertensão, por exemplo);
  • tabagismo
  • alimentação inadequada;
  • níveis baixos de HDL. 

Como pudemos observar, não é apenas o excesso de peso que pode afetar o acúmulo de colesterol ruim no sangue. Pessoas com peso adequado também podem desenvolver a condição, seja por herança genética, seja pela adoção de hábitos prejudiciais à saúde.  

Sintomas da hipercolesterolemia 

A alta concentração de LDL na corrente sanguínea é, na maioria das vezes, assintomática. Porém, com a evolução do quadro e os consequentes danos na circulação de sangue, passam a aparecer sintomas ligados aos problemas cardiovasculares em desenvolvimento. Por isso, é importante ficar atento caso haja manifestações como palpitação, falta de ar e dores no peito, já que esses sinais mostram que houve avanço no aumento do colesterol na corrente sanguínea.  

A prevenção é o melhor caminho 

Ficou preocupado com as informações trazidas aqui? Não se desespere. A prevenção é a melhor estratégia para controlar os níveis de colesterol, mantê-los dentro da normalidade e reduzir o risco cardiovascular. Para isso acontecer, é preciso adotar algumas mudanças no estilo de vida:  

– praticar atividades físicas regularmente; 

– manter uma alimentação balanceada: evitar o consumo excessivo de alimentos ultraprocessados e de gorduras trans e saturadas; 

– controlar o peso corporal; 

– parar de fumar; 

– realizar exames periódicos para monitoramento do índice de colesterol. 

 

Com qual frequência se deve realizar os exames preventivos? 

Com os crescentes casos de colesterol alto em crianças e adolescentes, a prevenção é de extrema importância nessa faixa etária. Por isso, o exame de colesterol é recomendado, segundo a Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo (Socesp), a partir dos 10 anos. Na ausência de alterações, ele deve ser repetido a cada cinco anos. Se a criança tiver família com histórico de doenças cardiovasculares precoces, como AVC e infarto, o acompanhamento é sugerido a partir dos 2 anos. No caso de uma criança diagnosticada com obesidade ou doenças crônicas, a avaliação deve ser feita logo após o diagnóstico e com a periodicidade indicada pelo médico. Para adultos a partir dos 35 anos de idade, é recomendado o exame de sangue pelo menos uma vez ao ano.  

 

Colesterol alto tem tratamento? 

Há tratamento para os casos de hipercolesterolemia. Uma das ferramentas mais eficazes está na mudança do estilo de vida do paciente, porém há casos em que é preciso combinar a reorientação alimentar e as práticas de atividades físicas regulares com prescrição de medicamentos. Já em situações mais graves, com artérias obstruídas de forma significativa, pode ser necessária uma intervenção cirúrgica.  

É importante ressaltar que, se o diagnóstico de colesterol alto for positivo, não se deve abandonar o tratamento sem ordens médicas. 

 

Na Omint, você encontra profissionais que podem auxiliar em todas as etapas, seja na prevenção, seja no tratamento do colesterol alto e dos riscos cardiovasculares. Consulte a nossa rede credenciada e agende já uma consulta! 

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